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    Ex-diretor-geral da Polícia Civil do DF vira réu por perseguição e grampo ilegal contra namorada

    Segundo as investigações, delegado aposentado usou sistemas restritos da Polícia Civil para perseguir uma mulher com quem teve um relacionamento extraconjugal

    O ex-diretor-geral da Polícia Civil do DF Robson Cândido
    O ex-diretor-geral da Polícia Civil do DF Robson Cândido Renato Alves/Agência Brasília

    Elijonas Maiada CNN

    Em Brasília

    O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJ-DFT) aceitou nesta sexta-feira (17) denúncia contra os delegados da Polícia Civil Robson Cândido e Thiago Peralva.

    Cândido é ex-diretor-geral da Polícia Civil do DF e Peralva delegado afastado das funções de chefe de uma delegacia em Ceilândia (DF).

    Na quinta-feira (16), a CNN noticiou que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) havia denunciado Robson Cândido e o delegado Thiago Peralva por crimes como stalking (perseguição), ameaça e grampo ilegal.

    Vídeo: Ex-diretor-geral da Polícia Civil do DF é preso suspeito de perseguir duas mulheres

    A confirmação da denúncia foi feita pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP).

    Os promotores concluíram que Cândido, delegado aposentado, usou sistemas restritos da Polícia Civil para perseguir uma mulher com quem teve um relacionamento extraconjugal. Peralva, então chefe de uma delegacia em Ceilândia (DF), foi acusado de inserir os dados da vítima no sistema de monitoramento ilegalmente.

    “[Os dois] também utilizaram-se de bens pertencentes à Polícia Civil, como viaturas descaracterizadas, celulares corporativos, carros oficiais e celulares de outros delegados da Direção-Geral da PCDF para a prática de delitos contra mulher em situação de violência doméstica”, diz um trecho da denúncia.

    Nas investigações, os promotores afirmaram que Robson Cândido teria mantido o grampo mesmo após deixar o cargo máximo da corporação, em 2 de outubro.

    Além disso, o MP-DFT diz que há evidências de que o ex-diretor-geral, enquanto estava no cargo, perseguiu a vítima e a surpreendeu na rua e em locais frequentados por ela em diversas ocasiões.

    O MP-DFT informou que as investigações continuam.

    Prisão

    Há duas semanas, uma operação do NCAP com o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu Robson Cândido e cumpriu mandado de busca na casa de Thiago Peralva e na 19ª delegacia, que ele chefiava. A unidade é apontada como local onde os grampos ilegais foram feitos.

    A Justiça determinou que ele fosse afastado do cargo e usasse tornozeleira eletrônica por 90 dias.

    A CNN procurou a defesa do ex-diretor, mas não obteve resposta. O advogado de Peralva não foi encontrado.