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    Estudo aponta alta de 45% nos casos de violência contra a mulher no RJ

    Pesquisa foi realizada com dados de outros seis estados brasileiros e também mostrou que a Bahia apresentou o maior crescimento de violência contra o público feminino em 2022

    Foram 545 casos de violência contra o público feminino em 2022 no Rio de Janeiro
    Foram 545 casos de violência contra o público feminino em 2022 no Rio de Janeiro Xia Yuan/Getty Images

    Rafaela Cascardoda CNN

    no Rio de Janeiro

    O estado do Rio de Janeiro apresentou alta de 45% nos casos de violência contra a mulher no ano de 2022 em relação a 2021. Os dados são do boletim Elas Vivem, divulgado nesta semana pela Rede de Observatórios da Segurança.

    Com 545 casos de violência contra o público feminino em 2022, o Rio quase dobrou o número de 2021, quando foram registrados 375 eventos na mesma pesquisa. Ainda assim, São Paulo ficou em primeiro lugar, com 898 casos no ano passado, um a cada dez horas.

    Outros cinco estados foram monitorados: Bahia, Ceará, Pernambuco, Maranhão e Piauí. Levando em consideração os dados de todos, a pesquisa registrou que um caso de feminicídio foi monitorado a cada 24h.

     

    E ao menos uma mulher foi vítima de violência em 2022 a cada quatro horas. Foram 2423 casos registrados no ano passado, sendo 495 terminando em morte.

    “Toda mulher que for vítima de qualquer tipo de violência, seja sexual, física, patrimonial, moral ou psicológica, deve procurar registrar ocorrência nas delegacias de bairro ou, de preferência, em delegacia especializada, que já tem o suporte necessário pro atendimento à mulher vítima. Essa ocorrência ajuda outras mulheres, pois já fica o registro do agressor. O que é muito difícil às vezes é conseguir configurar uma violência psicológica, por isso a gente precisa falar disso”, esclareceu a advogada da família Barbara Heliodora de Avellar Peralta.

    “Geralmente uma violência física começa com violência psicológica de forma reiterada, tentando desqualificar a narrativa da mulher, tentando descredibilizar a própria realidade dos fatos. E a mulher fica até em dúvida se de fato o que está acontecendo é um delírio seu ou não. Isso faz parte da violência”, continuou.

    A maior parte dos registros nos sete estados tem como autor da violência companheiros e ex-companheiros das vítimas. São eles os responsáveis por 75% dos casos de feminicídio. As principais motivações são brigas e términos de relacionamento.