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    Estudante morto por PM em SP discutiu com testemunha antes de abordagem

    Mulher afirma que briga teria acontecido por motivos pessoais

    Julia Fariasda CNN* , em São Paulo

    Uma mulher que estava junto com o estudante de medicina de 22 anos morto por um policial militar em um hotel da zona sul de São Paulo afirmou que eles teriam discutido momentos antes de ele ser alvejado. A ocorrência foi na manhã da última quarta-feira (20).

    Em um vídeo publicado nas redes sociais, a mulher que acompanhava Marco Aurélio Cardenas Acosta afirmou que a briga teria acontecido por motivos pessoais. “A gente estava sempre brigando, mas estava sempre junto. Ele me ajudava muito, em muita coisa”, disse ela.

    A testemunha explicou que após a briga, ela disse para Marco que iria embora do local mas, na verdade, se escondeu em um espaço do hotel, sem que o estudante soubesse.

    Ela relatou que instantes depois de se esconder, ouviu o barulho do tiro. “Não deu nem dois minutos e tudo aconteceu. Eu não sei o que aconteceu na rua, ninguém me mostrou. Ele [Marco] estava bêbado, não vou falar que ele estava 100% sóbrio. Eu não vi, mas eu ouvi. Foi meia hora esperando a ambulância, ele ‘tava’ vivo”, concluiu a mulher.

    Nas publicações, a garota que acompanhava o estudante também afirmou que o conhecia havia cerca de dois anos. “Sempre nos encontrávamos, mesmo que só para passar o tempo”, escreveu a mulher.

    Relembre o caso

    Marco Aurélio Cardenas Acosta, morreu após ser baleado por um policial militar dentro de um hotel na Vila Mariana, em São Paulo. Os agentes foram afastados de suas atividades até a conclusão das investigações.

    De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais atenderam uma chamada no local e relataram que Marco Aurélio estava “bastante alterado, agressivo, e resistiu à abordagem policial, entrando em vias de fato com a equipe”.

    Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a arma do policial responsável pelo disparo foi apreendida e encaminhada à perícia. “As imagens registradas pelas câmeras corporais (COPs) serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)”.


    * Sob supervisão

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