Estudante impediu que testemunha saísse de quarto de hotel antes de ser morto por PM
Marco Aurelio impediu mulher de sair do quarto em que estavam mais de uma vez durante discussão, segundo depoimento
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Jovem foi baleado por um policial militar dentro de um hotel em São Paulo • Reprodução/Redes sociais
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Momento seguinte do disparo que vitimou o estudante. • Reprodução
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Marco Aurélio Cardenas Acosta tinha 22 anos. • Reprodução/Redes sociais
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Além de cursar medicina, Marco Aurélio se descrevia em suas redes sociais como "Mestre de Cerimônia" e "Compositor". • Reprodução/Redes sociais
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Marco Aurélio Cardenas Acosta conhecido como “Bilau”. • Reprodução/Redes sociais
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"Bilau" sendo escalado para uma partida de futsal da Anhembi Morumbi. • Reprodução/Redes sociais
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Médico Julio César Acosta em foto com o filho, o estudante de medicina Marco Aurélio, baleado por um policial militar na zona Sul de São Paulo • Reprodução/Redes Sociais
A mulher que estava com o estudante de medicina de 22 anos, morto por um policial militar em um hotel da zona sul de São Paulo, alegou que Marco a impediu de sair do quarto em que estavam mais de uma vez durante uma discussão que tiveram antes de ele ser morto. A ocorrência foi na madrugada da última quarta-feira (20).
Em depoimento, a mulher afirmou que a discussão iniciou uma vez que Marco Aurélio Cardenas Acosta a impedia de trabalhar por ciúmes. No momento da briga, a mulher tentou sair do quarto onde estavam, quando o estudante fechou a porta do local.
A mulher tentou mais uma vez sair do quarto, quando alega que Marco bateu na cabeça dela. Nesse momento, a testemunha relata que chegou a dizer para Marco: “Olha o que você acabou de fazer, vocês está colocando a mão em mim”.
Durante a discussão, o recepcionista do hotel ligou para o quarto onde ambos estavam e questionou se estava tudo bem. A mulher relata que, nesse momento, Marco chegou a responder que sim e, em voz alta, perguntou à mulher se ela estava bem também. Em resposta, a mulher respondeu que não.
Segundo o documento, em razão de escutar a resposta da testemunha, o recepcionista acionou a Polícia Militar, quando a mulher decidiu sair correndo do quarto, desceu as escadas e se escondeu em um cômodo do hotel para solicitar uma viagem de aplicativo para ir embora.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, a testemunha relatou que instantes depois de se esconder, ouviu o barulho do tiro que matou o estudante. “Não deu nem dois minutos e tudo aconteceu. Eu não sei o que aconteceu na rua, ninguém me mostrou. Ele [Marco] estava bêbado, não falarei que ele estava 100% sóbrio. Eu não vi, mas eu ouvi. Foi meia hora esperando a ambulância, ele ‘tava’ vivo”, concluiu a mulher.
Relembre o caso
Marco Aurélio Cardenas Acosta, morreu após ser baleado por um policial militar em um hotel na Vila Mariana, em São Paulo. Os agentes foram afastados de suas atividades até a conclusão das investigações.
Segundo o boletim de ocorrência, os policiais atenderam uma chamada no local e relataram que Marco Aurélio estava “bastante alterado, agressivo, e resistiu à abordagem policial, entrando em vias de fato com a equipe”.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a arma do policial responsável pelo disparo foi apreendida e encaminhada à perícia. “As imagens registradas pelas câmeras corporais (COPs) serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)”.
*Sob supervisão