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    Estrago da pandemia no ensino médio foi devastador, diz coordenadora de SP

    À CNN Rádio, Viviane Cardoso disse que é necessária ação imediata para reverter os resultados do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo 2021

    Amanda GarciaBruna Salesda CNN , São Paulo

    Os alunos do ensino médio tiveram o pior desempenho da história em 2021, de acordo com os resultados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp). Além disso, mais de 96% dos alunos da rede estadual terminaram a escola com desempenho abaixo do adequado em matemática.

    Em entrevista à CNN Rádio, no CNN Educação, a coordenadora pedagógica da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Viviane Cardoso, disse que “a gente precisa agir de forma imediata porque o estrago da pandemia foi devastador.”

    Ela lembrou que o tempo de aprendizagem não é automático: “É importante entender que esses dois anos com aulas não-presenciais em boa parte do período trouxeram impacto no desenvolvimento dessa aprendizagem.”

    “É uma questão que não é automática para se recuperar, é necessário esforço não só da Secretaria, mas é um esforço social também”, completou.

    De acordo com Viviane, a secretaria lançou o programa Aprender Juntos, que é uma metodologia de trabalho para apoiar essas turmas. “Tem a possibilidade de contratação de um professor de recuperação e reforço para prestar apoio em momentos específicos”, afirmou, ao considerar que a pandemia trouxe a necessidade de diferenciar a realidade de cada uma das crianças de uma sala de aula.

    A pandemia trouxe “um aprendizado muito mais heterogêneo aos níveis de aprendizagem” e é necessária a avaliação diagnóstica, para fazer um plano de ação para essas turmas.

    “A gente também faz um currículo priorizado, identificamos as habilidades essenciais, o mínimo para que continuem aprendendo”, avaliou.

    Na prática, serão identificadas as habilidades dos anos anteriores com as quais o aluno precisa ter contato. “Em um ano é bastante difícil [de reverter], vamos lidar com defasagem não só esse ano, mas pelo menos durante 3 anos contando com esse.”

    Além disso, a coordenadora reforçou que outras estratégias serão a expansão do ensino integral e aumento da carga horária.

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