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    Estamos empenhados em garantir condições de alimentação e saúde aos yanomamis, diz Wellington Dias

    Afetados pela presença do garimpo ilegal em suas terras, indígenas têm sofrido com casos de desnutrição e de doenças como malária e pneumonia

    Lucas RochaVinícius Tadeuda CNN

    em São Paulo

    A partir de uma atuação interministerial, o governo federal atua para reduzir os impactos da crise humanitária que afeta os indígenas yanomami, em Roraima.

    Afetados pela presença do garimpo ilegal em suas terras, os indígenas têm sofrido com casos de desnutrição e de doenças como malária e pneumonia. Nos últimos quatro anos, foram registradas 570 mortes de crianças no território.

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (6), o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que a força tarefa busca garantir melhorias na saúde e qualidade de vida da população.

    “Nossa parte é o trabalho social, agora empenhados para garantir as condições de alimentação, mas também garantir uma forma alternativa permanente com produção. Garantir solução para água. A ministra Nísia [Trindade], na Saúde, empenhada para garantir com a Funai as condições de atendimento para a saúde. A recontratação de equipe, a garantia de voltar a funcionar. Também a parte da educação”, disse Dias.

    O ministro afirma que as ações são pautadas na solução por questões emergenciais e também com perspectivas de medidas para médio e longo prazos.

    “É cuidar nessa fase para salvar vidas. Já perdemos muitas vidas nessa região e, agora, a presença do governo federal queremos estar integrados com estados, com municípios, com várias entidades que participam para que a gente tenha bons resultados em favor desta comunidade”, disse.

    De acordo com o Centro de Operações Emergenciais (COE), colegiado interministerial criado pelo governo federal, em janeiro, foram removidos 223 pacientes da terra indígena para a capital do estado.

    No balanço mais recente, o COE informou também que a Casa de Saúde Indígena (Casai), em Boa Vista, abriga, no momento, 601 yanomamis, entre pacientes e seus acompanhantes. Além disso, há 50 indígenas internados, no Hospital Geral de Roraima (HGR) e no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), ambos na capital.

    Segundo Dias, indícios de criminalidade serão tratados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Já questões relativas à segurança das fronteiras serão avaliadas pelo Ministério da Defesa.

    Yanomamis convivem nos arredores da Casa de Saúde do Índio, onde está instalado Hospital de Campanha da FAB / Fernando Frazão/Agência Brasil

    “Se há situação de criminalidade, ela é tratada a partir do ministro Flávio Dino coordenando, o ministério da Justiça. Se tem problemas em relação às fronteiras, o ministério da Defesa”, pontuou.

    “Aquilo que foi alguma ação, alguém que tenha qualquer situação vinculada à prática de crime, haverá um tratamento. Mas também temos um olhar para muitas pessoas que estão ali trabalhando, na cozinha ou em serviços gerais, enfim, e que precisam ter da parte do governo brasileiro toda uma atenção”, ressaltou.

    Em visita a Roraima, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou que a base aérea no Surucucu vai ser reestruturada para que possa receber aviões de maior porte.

    A medida vai possibilitar levar ainda a infraestrutura para montar um hospital de campanha na região. Ela não estipulou prazo para a efetivação dessas medidas. A pista de Surucucu não opera por instrumentos e só permite voo visual, o que limita o acesso em horário noturno ou com mau tempo.

    (Com informações da Agência Brasil)