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    Estados Unidos pedem extradição de espião russo que está preso em Brasília; STF decidirá

    Pedido será encaminhado ao Ministério da Justiça nesta quinta e depois ao Supremo Tribunal Federal

    Elijonas MaiaBrenda Silvada CNN , em Brasília

    Os Estados Unidos pediram ao governo brasileiro a extradição do cidadão russo Sergey Vladimirovich Cherkasov, suspeito de ser um espião a serviço do governo de Vladimir Putin. Cherkasov foi preso em abril do ano passado e está no presídio de segurança máxima de Brasília desde janeiro deste ano.

    O suposto espião já foi condenado em primeira instância por uso de documento falso, além de ser alvo de um inquérito em curso que investiga lavagem de dinheiro, corrupção e espionagem.

    O pedido dos EUA foi feito ao Ministério das Relações Exteriores na terça-feira (25). O Itamaraty informou que encaminhará o documento ao Ministério da Justiça, responsável pela cooperação jurídica internacional, na tarde desta quinta-feira (27).

    A pasta analisará o pedido no Departamento de Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) e deverá levá-lo ao Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por julgar processos de extradição.

    Em fevereiro, a CNN divulgou que Sergey Vladimirovitch Tcherkasov, acusado pelo governo holandês de ser um espião russo, foi transferido da carceragem da Polícia Federal (PF) em São Paulo para a Penitenciária Federal de Brasília.

    Fontes do sistema prisional e da PF informaram que a transferência aconteceu no início de janeiro em uma operação sigilosa, por questões de segurança.

    Em abril de 2022, Tcherkasov foi identificado pelo serviço de inteligência holandês como espião ao tentar entrar no país e iniciar um estágio no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.

    Entretanto, a intenção real dele seria se infiltrar na corte especial das Nações Unidas e espionar investigações sobre crimes de guerra em ações militares russas, principalmente na Ucrânia.

    Tcherkasov foi deportado para o Brasil porque afirmava viver aqui e se apresentava como Victor Muller, um brasileiro nascido em Niterói (RJ) em 1989. Contudo, portava documentos falsos. Ele foi preso assim que desembarcou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

    O suposto espião, segundo informações de investigações no Brasil e no exterior, seria um integrante do GRU, unidade de inteligência militar da Defesa russa.

    Ele teria elaborado uma história minuciosa, durante anos, para construir sua falsa identidade, conforme mostrou a CNN em junho de 2022.

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