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    “Espero que os monstros que mataram meu filho sejam punidos”, diz pai de Henry

    Pai do menino Henry, morto em 8 de março, fala sobre a expectativa para o julgamento de Monique Medeiros e Dr. Jairinho

    Leniel acompanha o julgamento dos suspeitos de ligação com a morte do filho Henry
    Leniel acompanha o julgamento dos suspeitos de ligação com a morte do filho Henry Foto: Reprodução/CNN

    Isabelle Salemeda CNN

    no Rio de Janeiro

    “Hoje começa a etapa de esclarecimento da verdade do que aconteceu com o meu filhinho. Eu tenho lutado por justiça todos os dias. Espero que, agora, aqueles dois monstros que mataram o meu filho sejam punidos e a verdade seja esclarecida”, disse, muito emocionado, o pai do menino Henry, antes de entrar na sala de audiência, no Rio de Janeiro. O engenheiro Leniel Borel é uma das testemunhas de acusação ouvidas durante a primeira audiência do julgamento do caso Henry, nesta quarta-feira (6).

    O menino Henry Borel, de quatro anos, foi morto no dia 8 de março. Um mês depois, a mãe, Monique Medeiros, e o namorado dela, o ex-vereador Jairo Souza dos Santos Júnior, o Dr. Jairinho, foram presos. O casal foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pela morte da criança. Segundo o MP, o menino foi vítima de tortura por parte do padrasto no apartamento do casal, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

    Acompanhada dos advogados, Monique Medeiros ouviu a denúncia do Ministério Público. Jairinho acompanhou a audiência por videoconferência, direto do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste, onde está preso.

    Leniel também falou a respeito do encontro com o casal. “Eu preferia não estar olhando pra Monique, não ter que encarar essa realidade. Vai ser muito difícil pra mim”, contou o pai de Henry.

    Depois da leitura dos autos, o primeiro a ser ouvido pela justiça foi o delegado Henrique Damasceno. O responsável pela investigação do caso detalhou o que ouviu do casal durante os depoimentos em sede policial e as provas que o levaram a indiciar o casal pelo homicídio do menino.

    Das 12 testemunhas de acusação intimadas, duas não foram localizadas: a emprega doméstica da casa e a cabeleireira de Monique. A babá da criança, que não havia sido encontrada num primeiro endereço, vai comparecer a audiência.

    A ex-mulher de Jairinho, Ana Carolina Ferreira Netto, tinha pedido dispensa da sessão, alegando que já havia sido casada com o político e que tem dois filhos com ele, mas teve o pedido negado pela juíza Elizabeth Machado Louro.

    A magistrada determinou que, em virtude da quantidade de depoimentos, 63 no total, as testemunhas de defesa serão ouvidas em outra data.