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    Envolvidos na morte de Mãe Bernadete estão na lista dos foragidos mais perigosos da Bahia

    Homens são procurados há cerca de oito meses após ataque contra líder quilombola; SSP-BA incluiu os suspeitos no Baralho do crime nesta quarta (3)

    Camila Tíssiada CNN

    Três suspeitos de envolvimento na morte de Mãe Bernadete foram incluídos no Baralho do Crime, nesta quarta-feira (3). A ferramenta lúdica, criada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), reúne informações dos foragidos considerados mais perigosos do estado e ajuda ainda a população a denunciar os criminosos.

    Os homens são procurados, há cerca de oito meses, pelo assassinato da líder quilombola, ocorrido em 17 de agosto do ano passado, no interior da sede do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

    Os procurados atuam na cidade onde ocorreu o crime e ainda em São Sebastião do Passé, também na RMS. Segundo a SSP, a atualização foi feita no naipe de “Ouros”.

    Na carta mais alta do naipe, o ‘Ás’, foi adicionado Marilio dos Santos, o “Maquinista” ou “Gordo”. As investigações apontam que ele é uma das lideranças do grupo, além de agir como mandante e mentor intelectual do crime. Sendo alvo ainda da Operação Pacific, da Polícia Civil, que apurou a morte de Mãe Bernadete, e também foragido da operação da Polícia Federal, batizada de ‘Tarja Preta’, cujo objetivo foi identificar líderes de uma organização criminosa.

    Na ‘Dama’, quem representa é Ydney Carlos dos Santos de Jesus, conhecido como “Café”. Na posição de gerente do tráfico local e sendo apontado na denúncia do Ministério Público da Bahia como subordinado e ‘braço’ direito de “Maquinista”, “Café” teria auxiliado no plano de execução da ialorixá.

    Por fim, na carta ‘Nove’ foi inserido Josevan Dionisio dos Santos, o “BZ” ou “Buzuim”. Possuindo dois mandados de prisão pelos crimes de homicídio e roubo, ao receber a ordem de “Maquinista” e instrução de “Café”, Josevan é apontado como um dos executores imediatos do crime.

    Segundo a denúncia do Ministério Público, os ideais da ialorixá e a sua luta para manter a ordem dentro da comunidade quilombola passou a conflitar com os interesses dos líderes do tráfico de drogas da região. Percebendo que a liderança de Maria Bernadete impediria a expansão do comércio de entorpecentes e de outros negócios rentáveis no entorno da barragem de Pitanga dos Palmares, área de preservação ambiental, foi dada a ordem para que Bernadete fosse executada.

    Em 2023, três suspeitos foram presos por envolvimento na morte de Mãe Bernadete, mas eles não tiveram os nomes divulgados.

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