Envolvido em sequestro de Patrícia Abravanel em 2001 é preso novamente em SP
Suspeito foi flagrado vendendo drogas na zona leste da capital
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta quarta-feira (21), um homem por sua atuação em crimes de jogos de azar e associação ao tráfico de drogas, em Itaquera, na zona leste de São Paulo. O suspeito é um dos envolvidos no sequestro de Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, ocorrido em 2001, e na época foi condenado a 14 anos de prisão.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o homem foi preso juntamente com outro suspeito após serem flagrados vendendo drogas.
Em um dos endereços ligado à dupla, os agentes localizaram um bar dentro de um imóvel. No local, cinco máquinas caça-níqueis foram apreendidas. O uso dos equipamentos é proibido no país desde 2004 e configura como prática de jogos de azar.
O sequestro de Patrícia
Reservado quanto à vida pessoal, o dono do SBT viu a intimidade da família ser exposta e, agosto de 2001, quando a filha Patricia Abravanel foi sequestrada e passou uma semana em cativeiro. Ela só foi liberada após o pagamento do resgate no valor de R$ 500 mil.
Dias depois, o sequestrador Fernando Dutra Pinto, um dos que integrava o grupo, pulou o muro da mansão da família Abravanel, no Morumbi (SP), e fez o apresentador refém. Ele estava com duas armas carregadas, segundo o livro “Silvio Santos, a biografia”.
O caso foi acompanhado por todo o país pela tela da televisão.
Preso após se entregar, Dutra Pinto passou mal e morreu no trajeto entre Centro de Detenção Provisória (CDP) 2 do Belém e o Hospital Municipal do Tatuapé.
O laudo do IML apontou que a causa da morte foi o agravamento de uma pneumonia bacteriana, mas a versão oficial sobre as circunstâncias da morte gerou controvérsia.
Pais do sequestrador, Antônio Sebastião Pinto e Anesia de Jesus Dutra Pinto processaram o Estado de São Paulo alegando que Dutra Pinto morreu devido à falta de atendimento médico necessário.
O casal pediu indenização por danos materiais e morais, mas a 13ª vara de Fazenda Pública de São Paulo julgou a ação como improcedente em 2011.
Silvio Santos, o patriarca da família, morreu aos 93 anos no último sábado (17) em decorrência de uma broncopneumonia.
*Sob supervisão de Bruno Laforé
