Entre 28 países, Brasil é o 3º menos satisfeito com a infraestrutura nacional
Segundo pesquisadores do Ipos, a cada cinco brasileiros, apenas um diz estar satisfeito com a infraestrutura do país
Apenas um em cada cinco brasileiros se considera satisfeito com a infraestrutura do país, de acordo com pesquisa do Ipsos – instituto de pesquisa e de inteligência de mercado. Dos 28 países analisados pelos pesquisadores, o Brasil é o terceiro menos satisfeito com a infraestrutura nacional, que leva em consideração estradas, trilhos, internet e serviços de saúde pública, como energia, água e saneamento básico.
Os dados do levantamento, feito com cerca de 19.500 pessoas de 16 a 74 anos, foram coletados de forma online entre os dias 23 de julho a 06 de agosto.
A pesquisa concluiu que a Itália é o país com a população menos contente com a infraestrutura, registrando somente 18% de satisfação. Em seguida aparece a Hungria, com 20% e, depois, o Brasil e Colômbia empatados, com 21%.
Já os chineses são os mais satisfeitos com a estrutura local, 77% deles aprovam a infraestrutura do país. A Arábia Saudita está em segundo lugar (75%) e a Holanda em terceiro (74%).
Entre os mil brasileiros entrevistados, mais da metade (54%) afirma estar muito ou razoavelmente insatisfeita, 22% não estão satisfeitos nem insatisfeitos, enquanto outros 4% não souberam responder.
Entre as necessidades listadas pelo levantamento, o abastecimento de água potável e saneamento básico devem ser considerados prioridades do governo, de acordo com 66% dos brasileiros.
Depois do saneamento, outros investimentos foram escolhidos como prioridades, como a oferta de moradias, soluções contra enchentes, e suporte para energia solar e eólica.
Segundo os entrevistados dos 28 países, o avanço na infraestrutura tem ligação direta o desenvolvimento no setor econômico.
Para 84% dos brasileiros, por exemplo, o investimento no setor estrutural criará empregos, impulsionando a economia do país. Ao considerarmos a média global, 74% das pessoas concordam com essa afirmação.
Globalmente, a preferência é por ações sociais, como escolas e hospitais, frente a medidas econômicas, como melhoria nas estradas, internet e energia. As nações também defendem que, quando as decisões sobre a melhoria da infraestrutura estiverem sendo tomadas, o impacto ambiental deve sobressair ao econômico.
Ações realizadas
O levantamento mostra, ainda, que os brasileiros aparecem em segundo lugar dos que mais acreditam que o país não faz o bastante para suprir as necessidades locais de infraestrutura. Cerca de 75% deles afirmam que mais medidas poderiam ser tomadas para melhorar a situação do Brasil.
Somente a África do Sul registra um percentual de descontentamento maior, já que 79% dos africanos garantem que as ações não estão sendo realizadas da forma como poderiam.
Para suprir a carência de infraestrutura, a maioria dos brasileiros (68%) se diz favorável aos investimentos privados, se a privatização significar, realmente, que o país terá a estrutura que necessita. A média global em relação ao tema está similar, de 63%.
*Sob supervisão de Helena Vieira