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    Entenda o caso de Elaine Santos, jornalista que faleceu depois de uma pneumonia

    Especialista explica que gestantes com pneumonia normalmente não sofrem grandes alterações na imunidade que favoreçam a infecção

    Rafael Saldanhada CNN*

    A jornalista Elaine Santos, de 38 anos, faleceu nesta terça-feira (21) em decorrência de uma pneumonia e uma infecção generalizada. Ela estava grávida de 23 semanas e o bebê também não resistiu. Elaine trabalhava há 15 anos como apresentadora na TV Canção Nova.

    Segundo nota divulgada pela emissora, a gestante “foi internada na manhã desta segunda-feira (20) com insuficiência respiratória, seu estado de saúde agravou-se e ela e o bebê não resistiram”. 

    O pneumologista e professor de pneumologia na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Carlos Carvalho, explica que a pneumonia não é mais grave na gravidez. “Não há uma alteração significativa na imunidade da gestante que favoreça a pneumonia. Ela não deixa de ser imunocompetente, ou seja, não é considerada como grupo vulnerável”, afirma o doutor.  

    Segundo o especialista, em pessoas não vulneráveis, 80% das vezes a pneumonia é tratada com medicamentos em casa, se identificada em fase inicial. Caso o tratamento demore para começar, até 20% precisa de internação com antibióticos mais fortes.

    Em caso de avanço do quadro, é possível ocorrer a infecção generalizada. “O micróbio, ou agente infeccioso, pode cair na corrente sanguínea e se espalhar pelo corpo, gerando a sépsis. Isso pode causar uma diminuição do oxigênio no sangue, que pode resultar na falência de órgãos”, explica o médico. Nesse cenário, a letalidade da pneumonia pode chegar a 70%, a depender de quais órgãos forem comprometidos.  

    No momento da gestação, como no caso de Elaine, é possível que a mulher demore para tomar remédios para não afetar o bebê, o que pode causar uma piora do quadro, afirma o pneumologista.

    (*Sob supervisão de Felipe Andrade)

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