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    Entenda como o PCC se instala nas instituições

    Empresas de ônibus ligadas a grupo criminoso são alvos de operação do MPSP

    Da CNN

    Uma operação deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), na manhã desta terça-feira (9), tem como alvo duas empresas de ônibus, que operam linhas municipais de São Paulo, apontadas como intermediárias para lavagem de dinheiro proveniente do crime organizado.

    Fontes ligadas à investigação apontam que as empresas foram cooptadas e hoje são controladas pelo PCC, principal facção criminosa do estado. O promotor Lincoln Gakiya, responsável pela investigação do MP contra o PCC, diz que a facção já tem contornos de “máfia”.

    João Henrique Martins, coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, explica que a operação de hoje “é uma clara demonstração do que é a rede PCC e onde ela chegou”.

    Para Martins, a organização criminosa se sofistica quando o custo a resposta ao crime é baixo, aquilo que inicialmente era uma quadrilha, se conecta a uma grande rede de negócios. “Esse evento de hoje estamos falando da rede. Estamos falando de mais de uma quadrilha, pessoas que não estão na estrutura original do PCC, mas estão em volta, ganhando muito dinheiro”, explica.

    O coordenador do CICC explica que a organização criminosa passa por um processo evolutivo, começando de baixo, dominando o município, e depois indo para o alto, expandindo as ações para territórios estrangeiros.

    No processo de domínio do município, o grupo entra em todos os modelos de atividades. Martins exemplifica: “Contratos de lixos, contratos de transportes, contratos relacionados serviços públicos municipais que já ocorra algum nível de corrupção de agentes públicos ou privados. Se o crime organizado ele ta instalado naquela região, ele precisa ter algum nível de domínio territorial”.

    Quando passa para o nível internacional, o grupo criminoso começa a se conectar com quadrilhas estrangeiras, em duas vias: a logística e o financeiro.

    “Além da possibilidade da lavagem de dinheiro, há a possibilidade de ganho direto devido aos cartéis que já existiam, é a tempestade perfeita para atividade criminal”, finaliza Martins.

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