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    Empresário morto no aeroporto de Guarulhos foi alvo de atentado no Natal

    Tiros foram disparados na janela do apartamento de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach no dia 25 de dezembro do ano passado

    Carolina Figueiredoda CNN , em São Paulo

    O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, executado a tiros no aeroporto de Guarulhos nesta sexta-feira (8), foi alvo de um atentado no prédio onde ele morava no Natal do ano passado.

    Segundo um dos advogados de Gritzbach, ele estava em seu apartamento no Jardim Anália Franco, na zona leste de São Paulo, na tarde do dia 25 dezembro, quando foi até a janela fazer uma foto da lua. Neste momento, tiros foram disparados em sua direção.

    Ninguém ficou ferido no ataque, mas a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o ocorrido. Veja imagens do momento do ataque:

    Segundo o advogado, Gritzbach e sua família recebiam ameaças do PCC desde o fim de 2021, após a morte de dois membros influentes da organização criminosa: Anselmo Becheli Santa Fausta, vulgo “Cara Preta”, e Antônio Corona Neto, vulgo “Sem Sangue”.

    Segundo informações apuradas pela CNN, a facção oferecia um prêmio de R$ 3 milhões pela morte do empresário.

    Empresário vendia imóveis de luxo e fez investimentos com “Cara Preta”

    Antônio Vinícius Lopes Gritzbach era formado em administração e engenharia. Oriundo de família de classe média, Gritzbach estava acostumado a transitar entre pessoas influentes e ricas já que vendia imóveis de alto padrão em vários bairros da capital paulista.

    Segundo um dos advogados dele, foi neste contexto que ele conheceu Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”. De acordo com ele, Anselmo se apresentou como um empresário de jogadores de futebol e dono de empresas de ônibus.

    Gritzbach vendeu diversos apartamentos de luxo para “Cara Preta” na região do Tatuapé e Jardim Anália Franco. Eles desenvolveram uma amizade pois, segundo o advogado, Gritzbach tinha costume de fazer esse tipo de “networking” com diversos de seus clientes.

    Neste contexto, os dois teriam conhecido um investidor de criptomoedas, com quem ambos teriam realizado investimentos. A CNN apurou que este investidor já foi preso suspeito de ter participado de um esquema financeiro que causou um prejuízo de R$ 400 milhões em contas bancárias de terceiros.

    Segundo a defesa, tanto Gritzbach quanto “Cara Preta” perderam dinheiro no investimento. O investido teria ficado devendo R$ 6 milhões para Gritzbach e cerca de R$ 70 milhões para o membro da cúpula do PCC.

    A defesa sustenta que Gritzbach foi apontado como mandante da morte de “Cara Preta” por ser um bode expiatório.

    Porém, fontes ligadas às investigações revelam que o próprio “Cara Preta” passou a suspeitar de desfalques e iniciou uma escalada de cobranças, exigindo que Gritzbach “prestasse contas dos lucros obtidos”, segundo documentos da investigação.

    Conforme as suspeitas se intensificaram, “Cara Preta” se convenceu de que estava sendo enganado e teria então exigido a devolução integral dos valores. Como não tinha como devolver, Gritzbach teria encomendado a morte do membro influente da organização criminosa.

    A polícia aponta o empresário como o mandante do assassinato de “Cara Preta” e de seu motorista, “Sem Sangue”, em dezembro de 2021, na Vila Formosa, zona leste de São Paulo.

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