Empresário chinês de SP é suspeito de mandar incendiar lojas em Feira de Santana; três pessoas são presas
Esquema motivado por rivalidade deixou prejuízos estimados em mais de R$ 15 milhões
Três suspeitos de incêndios criminosos em Feira de Santana, que fica a 115 km de Salvador, foram presos nesta terça-feira (19). As prisões ocorreram cerca de dois meses após os crimes, nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul durante a operação Huǒlóng: Dragão de Fogo.
De acordo com a apuração da polícia, o crime foi financiado por um empresário chinês, que mora em São Paulo e é proprietário de uma empresa de importação e exportação, que teria pago R$ 50 mil para a execução dos ataques.
A motivação estaria relacionada a uma rivalidade comercial entre o mandante e as vítimas, que são empresários chineses residentes em Feira de Santana, que é considerada a segunda maior cidade da Bahia em termos de população e ainda um importante centro comercial do interior e do Nordeste.
As transferências financeiras entre os envolvidos, realizadas via Pix, foram rastreadas pelos investigadores, contribuindo para identificar a dinâmica do crime. Um cabo da Polícia Militar de São Paulo foi indiciado como intermediário na contratação dos executores. Ele articulou a participação de quatro envolvidos, sendo responsável pela coordenação da operação criminosa.
Ainda segundo a polícia, a identificação dos principais envolvidos foi possível após ações integradas de inteligência dos estados da Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Histórico
Na madrugada do dia 12 de setembro, uma sequência de três incêndios atingiu inicialmente um depósito de produtos importados, onde estavam estocados cerca de R$ 8 milhões em mercadorias. Em seguida, duas lojas localizadas, no Centro da cidade, também foram incendiadas. Todas as propriedades pertenciam a um mesmo grupo de comerciantes chineses. Os prejuízos foram estimados em mais de R$ 15 milhões.