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    Empresário acusado de receptar cargas roubadas é preso em São Paulo

    Transportadora era utilizada como entreposto de cargas roubadas

    Marcos Guedesda CNN

    O dono de uma transportadora localizada na Zona Norte de São Paulo foi preso em flagrante nesta manhã pela Polícia Civil em São Paulo por envolvimento com uma quadrilha especializada em roubos de cargas. Na ação, o gerente do estabelecimento também foi detido e uma carga de materiais cirúrgicos foi apreendida. A polícia visa identificar a origem dos produtos.

    A CNN conversou com fontes ligadas à operação que revelaram que a investigação começou em janeiro deste ano, quando a mesma empresa foi alvo de uma ação de busca e apreensão, que resultou na recuperação de mais de R$ 3 milhões em produtos eletrônicos que haviam sido roubados dias antes e que estavam no local. Na ocasião, o empresário, considerado o braço operacional da quadrilha, não foi localizado.

    Hoje pela manhã, policiais da 1ª Delegacia Divecar (Investigações sobre Roubo e Furto de Veículos), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) retornaram ao local e encontraram nova carga roubada. Além dos materiais cirúrgicos, os policiais encontraram ração animal e alimentos que estavam armazenados inadequadamente. 

    Segundo a Polícia Civil, além de ser acusado de receptação, o empresário também foi autuado por irregularidades na numeração de identificação de uma perua Volkswagen Kombi, por estar na posse de um caminhão com restrição judicial, além de estar com três motores com a numeração raspada.

    Blitz Falsa

    Policiais que participaram da operação contaram que a quadrilha de roubos a cargas é investigada por diversas ocorrências do tipo no Estado de São Paulo. Pelo menos cinco outros suspeitos já estão com mandado de prisão em aberto e são considerados foragidos da Justiça. 

    O inquérito que apura o caso identificou que os suspeitos agem de forma coordenada e que em algumas ocorrências fazem uma simulação de blitz falsa, utilizando armas de grosso calibre, além de coletes balísticos para que os motoristas que transportam a carga parem. 

    Na ocorrência que originou a investigação, os suspeitos chegaram a fazer o motorista refém por mais de duas horas até descarregarem a carga.

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