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    Empresa de barcos de luxo é alvo de operação em SP por suspeita de sonegação

    Dívidas chegam a R$ 54 milhões com São Paulo e R$ 490 milhões com a União por meio de uma "sofisticada blindagem patrimonial", diz MP

    Giovanna GalvaniJulyanne Jucáda CNN , em São Paulo

    Uma força-tarefa formada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA) de São Paulo deflagrou, nesta quarta-feira (22), uma operação contra suspeitas de sonegações milionárias de impostos, organização criminosa e lavagem de dinheiro no ramo das embarcações de luxo.

    O Ministério Público de São Paulo não confirmou o nome das empresas investigadas, mas afirmou que o principal alvo possui uma dívida superior a R$ 54 milhões com São Paulo e de aproximadamente R$ 490 milhões com a União, um esquema “fruto de contumaz e sistemática inadimplência tributária e uma sofisticada blindagem patrimonial”, diz o MP-SP.

    Segundo informações obtidas pela Agência CNN, o “principal alvo” é a empresa Intermarine, que tem mais de 40 anos de atuação no mercado e define-se como “o maior estaleiro de embarcações de luxo da América Latina”.

    Em nota, a defesa da Intermarine afirma que “a empresa não foi notificada e ainda não tem informações detalhadas do processo que motivou a operação desta manhã. A empresa é a maior interessada em esclarecer todos os pontos e não medirá esforços para colaborar com as autoridades no que for necessário. A defesa, em breve, irá comprovar, perante a justiça, a lisura da atuação da Intermarine e de seus sócios”.

    Batizada de Cavalo Marinho, a operação cumpriu 19 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça de Osasco na própria cidade, em São Paulo, Barueri, Itupeva, Jundiaí e Mairiporã – todas cidades paulistas.

    De acordo com o divulgado pelo MP-SP, o esquema de fraude utilizava de laranjas para compor a estrutura societária e driblar o fisco, e contava com a participação de um “conhecido cavaleiro” de atividades hípicas no estado.

    Também há suspeitas de que a Intermarine realizava venda de embarcações com “substancial subfaturamento do seu valor”.

    A força-tarefa é formada por integrantes da Secretaria da Fazenda e do Planejamento, do Ministério Público de São Paulo e da Procuradoria Geral do Estado, e a operação contou com o suporte da Polícia Civil e Militar.

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