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    “Em vez de hostilizar, precisamos acolher”, diz Júlio Lancellotti sobre lei contra arquitetura hostil

    Em entrevista à CNN, Lancellotti comemorou a derrubada do veto de Bolsonaro à lei que proíbe uso de "arquitetura hostil" para afastar moradores de rua

    Renata SouzaJuliana Eliasda CNN

    em São Paulo

    Em entrevista à CNN neste sábado (17), o padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo da Rua de São Paulo, comemorou a aprovação final, pelo Congresso Nacional, do projeto de lei que proíbe a chamada arquitetura hostil, que dificulta a acomodação de moradores de rua em espaços públicos.

    O texto havia sido vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na quarta-feira (14), mas o veto foi derrubado, na sexta (16), pelo Congresso, permitindo, agora, que a lei seja sancionada e passe a valer.

    “Em vez de encontrarmos respostas humanizadoras e acolhedoras, as respostas que encontramos são colocar pedras, espetos, espinhos, lanças, gotejamento de águas, óleo”, disse o padre à CNN, mencionando os diversos recursos comumente utilizados nas grandes cidades brasileiras.

    “Todas essas coisas são sintomas de perversidade e maldade. Em vez de hostilizar, precisamos encontrar formas de acolher”, acrescentou.

    A lei ganhou o nome de Padre Júlio Lancellotti, em homenagem ao padre paulista que tem um trabalho reconhecido de ajuda a pessoas em situação de rua e que, em diversos momentos, já militou pela destruição desses obstáculos urbanos a essa população.

    Veja a entrevista completa no vídeo acima.