Em menos de um ano, 21 crianças foram baleadas no RJ, aponta levantamento
Entre as vítimas está Kamila Vitória, morta na última quinta-feira (5) durante confronto entre criminosos
Em menos de um ano, 55 crianças e adolescentes foram baleados na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, segundo um levantamento do Instituto Fogo Cruzado, divulgado nesta sexta-feira (6).
Entre as vítimas, 19 foram mortos e 36 ficaram feridos. Segundo o Instituto, os dados foram registrados entre o dia 1 de janeiro deste ano até esta sexta.
O estudo aponta que, entre o número total de baleados, 21 são crianças – das quais três morreram -, e 34 são adolescentes – dos quais 16 foram mortos.
O total deste ano representa um número aproximadamente 16% menor em comparação ao total de menores baleados no mesmo período de 2023.
No ano passado, o total chegou a 66 crianças e adolescentes baleados, dos quais 31 morreram. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, são consideradas crianças, pessoas entre 0 a 11 anos. Já pessoas na faixa entre os 12 e 17 anos já são consideradas adolescentes.
Adolescente morta em confronto
Na noite da última quinta-feira (5), Kamila Vitória Aparecida de Sousa Silva, de 12 anos, morreu após ser baleada durante um confronto entre criminosos na Favela do Guarda, em Del Castilho, na zona norte do Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Civil, os familiares da vítima disseram que a menina estava em uma quadra de futebol quando foi baleada durante confronto de criminosos. Informações do Instituto Fogo Cruzado, que monitora ocorrências de tiroteio na Grande Rio, apontam que pessoas que estavam dentro de um carro passaram atirando em direção à praça e fugiram.
A menina foi atingida na perna e socorrida para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, passou por cirurgia, mas não resistiu. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou o óbito.
O velório de Kamila acontece na tarde deste sábado (7), no Cemitério de Inhaúma, na zona norte do estado.
De acordo com informações da Polícia Militar, a região foi cenário de um confronto entre integrantes de quadrilhas rivais. Quando a PM chegou ao local, não havia a presença de criminosos no interior da comunidade.
*Sob supervisão