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    Em delação, executado em aeroporto ligado ao PCC apontou que iria entregar delegados e policiais

    Além de entregar nomes e esquema de lavagem, Antônio Vinícius Lopes Gritzbach prometeu denunciar autoridades envolvidas com o crime organizado

    Thiago FélixPedro Duranda CNN , São Paulo

    O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado no aeroporto de Guarulhos (SP), na última sexta-feira (8), iria apresentar informações de atos de corrupção envolvendo delegados e policiais.

    A CNN teve acesso ao acordo de delação da vítima com promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), homologada em 2024.

    No documento, Vinícius afirma que os policiais que seriam delatados integram o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e o 24º Distrito Policial da Capital.

    Vinícius também iria dar informações sobre outros membros da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), como Anselmo Becheli Santa Fausta (vulgo Cara Preta), Cláudio Marcos de Almeida (Django) e Silvio Luiz Ferreira (Cebola).

    Ainda de acordo com o texto, Vinícius teria benefícios como redução da pena, para crimes de lavagem de capitais, regime aberto, desde que não fosse condenado por crimes graves, mas ele precisaria ressarcir R$ 15 milhões aos cofres públicos.

    Em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (11), o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que “não descarta” a possibilidade de que policiais tenham envolvimento na execução.

    “A gente não descarta essa possibilidade. O mais importante falar é isso: a gente não descarta nenhuma possibilidade, na verdade. Até porque ele delatou alguns policiais civis na própria Corregedoria da Polícia Civil, que foi desdobramento da delação dele no Ministério Público”, afirmou Derrite.

    Segundo o secretário, o empresário assassinado Vinícius foi ouvido no dia 31 de outubro, dias antes do assassinato, pela Corregedoria da Polícia Civil.

    Criação de força-tarefa

    Na mesma entrevista coletiva, foi anunciada a criação de uma força-tarefa para concentrar as investigações sobre o caso. O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, atual secretário-executivo da pasta, será o chefe do grupo, que terá representantes das polícias Civil, Militar e Federal, além do Ministério Público.

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