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    Educação sexual é importante para trazer igualdade entre alunos, diz especialista

    À CNN Rádio, a psicóloga e doutora em educação escolar, Eliane Maio, explicou que é papel da escola dialogar com seus alunos

    Rovena Rosa/Agência Brasil

    Amanda Garcia

     

    A pesquisa “Educação, Valores e Direitos”, realizada pelo instituto DataFolha a pedido das organizações do terceiro setor Cenpec e Ação Educativa, apontou que 9 em cada 10 entrevistados concordam que a educação sexual ajuda a combater a violência sexual contra crianças e adolescentes.

    Em entrevista à CNN Rádio, psicóloga, professora da Universidade Estadual de Maringá e pós-doutora em Educação Escola, Eliane Maio, participou do estudo e destacou que os resultados foram “muito gratificantes.”

    Entre os destaques, 96% também acreditam ser importante conscientizar, no ambiente escolar, sobre as doenças sexualmente transmissíveis.

    Sobre prevenção de gravidez indesejada, o número passou para 93%.

    “Estamos no século XXI, trabalho dialogando com adolescentes, e eles dizem que não recebem essa educação em casa, se a família não está educando, além da parte biológica, a escola tem a função primordial de estar em diálogo com adolescentes”, avaliou Eliane.

    A especialista se disse preocupada com pessoas contrárias à temática. “A gente quer que sejam inseridos nos currículos escolares princípios de igualdade, ética, cuidado.”

    “A educação sexual faz parte do conteúdo, sobre aparelho reprodutor masculino e feminino, mas o que a gente quer é que desde pequenos as atividades curriculares tragam essa igualdade entre as pessoas, não-distinção entre meninos e meninas, o que evita posturas machistas e misóginas no futuro”, defendeu.

    Para Eliane Maio, a escola como um todo “precisa estar alinhada com a questão de igualdade, incluindo estudos de gênero”, desde o “moço da portaria, a moça da cantina, até os docentes.”

    “A escola como um todo, já que educa no papel formal e informalmente, com debates, estudos, semana pedagógica com as temáticas, para quebrar mitos, estereótipos e preconceitos”.

    *Com produção de Bruna Sales