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    Eduardo Paes rebate críticas e defende adoção de passaporte da vacina 

    Prefeito do Rio de Janeiro diz que medida visa garantir segurança da população e retomada econômica, principalmente no setor de turismo – um dos mais importantes da cidade

    Isabelle SalemePauline Almeidada CNN , no Rio de Janeiro

    O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, rebateu as críticas de que o passaporte da vacina é uma forma de limitar a liberdade da população. “Não há aqui qualquer objetivo por parte da prefeitura de cercear qualquer direito de qualquer indivíduo, ao contrário”, disse o político.

    “Mas entendemos que o direito coletivo à saúde, a necessidade de protegermos a população em um país em que 600 mil vidas foram perdidas pela Covid-19, que nós possamos estabelecer o maior conjunto de medidas possíveis para evitar que as pessoas venham a contrair a doença e, obviamente no caso mais grave, ir a óbito”, disse Paes durante entrevista coletiva em que a prefeitura divulgou números da pandemia.

    Paes aproveitou a oportunidade para agradecer ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, pela decisão de derrubar a liminar que suspendia a medida restritiva. Na decisão, o presidente do STF também determinou a suspensão de qualquer decisão de juízes ou desembargadores que impeça a validade das medidas. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, chegou a 50 o número de ações diárias questionando exigência de comprovante de vacinação.

    Com o retorno do passaporte, a partir desta sexta-feira (1), pessoas acima de 40 anos precisam apresentar o comprovante de vacinação das duas doses para entrar em espaços públicos e privados com concentração de pessoas, como academias de ginástica, cinemas, teatros e pontos turísticos.

    Segundo o prefeito do Rio, o passaporte é fundamental para garantir a segurança das pessoas que circulam na cidade, cariocas e visitantes, e para ajudar na retomada econômica, com foco no turismo.

    “Na hora que a gente estabelece o passaporte da vacina, o que nós estamos dizendo é, primeiro, para os turistas responsáveis que se vacinaram, que eles podem vir com tranquilidade. Segundo, nós estamos também dizendo para aqueles que não se vacinaram que, por favor, não venham porque eles não serão bem-vindos no Rio de Janeiro. É simples assim”, disse Paes.

    “Essa é uma das principais atividades econômicas da cidade, das que mais gera emprego, numa cidade que tem índices de desemprego altíssimos. Portanto, na hora que a gente faz a garantia da cobertura vacinal, que exige o passaporte da vacina, o que nós estamos fazendo é garantindo também a importante atividade econômica chamada turismo para essa cidade.”

    Boletim epidemiológico

    Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, os números de casos e mortes pela Covid-19 continuam em queda. Na semana passada, 290 pessoas estavam internadas pela doença. Uma redução de 56% em relação ao último pico de contaminação, cinco semanas antes. A taxa de ocupação dos leitos está em 49%.

    Por causa do melhor panorama da pandemia, a prefeitura vai continuar revertendo leitos destinados à Covid-19 para outras especialidades. Com isso, a taxa de ocupação vai ficar maior. Esta semana, 100 leitos do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, unidade de referência desde o início da pandemia, foram liberados para tratamento de pacientes com outras enfermidades.

    Avanço da vacinação

    Mais de 5,6 milhões de pessoas receberam a primeira dose de imunizante ou a dose única contra o coronavírus na capital fluminense, o que corresponde a 85% da população. Considerando a população acima de 18 anos, 71% completaram o ciclo vacinal.

    Segundo o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, 95% das pessoas internadas com sintomas de síndrome gripal não foram vacinadas.

    A prefeitura também divulgou datas para as doses de reforço dos idosos. Até o próximo sábado (9), quem tem até 73 anos poderá receber o imunizante nos postos. Segundo Soranz, há doses disponíveis em estoque para garantir o calendário até a próxima quarta (6).

    A terceira dose também está disponível para os profissionais da saúde a partir desta sexta (1), para quem tem mais de 60 anos. As datas para esses trabalhadores receberem o reforço vão até fevereiro.

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