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    Eduardo Paes diz que pedido da Anvisa para cancelar cruzeiros deve ser acatado

    Empresas de cruzeiros prorrogaram suspensão das atividades na costa brasileira até 4 de fevereiro depois de Anvisa pedir o encerramento da temporada

    Isabelle SalemeFábio Munhozda CNN

    O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse nesta quinta-feira (13) que respeita a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de cancelar neste verão a temporada de cruzeiros, que está suspensa por decisão das empresas do setor.

    “Acho que a Anvisa tem um papel importante na pandemia e as decisões que eles [profissionais da agência] tomarem, a gente vai cumprir”, disse Paes ao acrescentar que a questão dos cruzeiros “sempre foi problemática”.

    O posicionamento que pediu a suspensão definitiva das viagens de navios nessa temporada aconteceu na quarta-feira (12). Nesta quinta, a associação do setor divulgou a prorrogação da suspensão das atividades dos navios de cruzeiro até o dia 4 de fevereiro.

    Segundo a Anvisa, em comunicado oficial, há uma avaliação feita constantemente pela agência com relação à evolução do cenário epidemiológico do coronavírus nos navios pelo mundo, e que o aumento do contágio indica que haja uma extensão da restrição.

    “Observa-se que o cenário tem se tornado ainda mais desafiador tendo em vista, em especial, o aumento vertiginoso do número de casos nas embarcações e no Brasil”, disse a agência.

    No dia 31 de dezembro de 2021, a Agência já havia recomendado ao governo federal a suspensão temporária dos cruzeiros.

    Antes da decisão do governo, as próprias companhias, por meio da Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (CLIA), tomaram a decisão de interromper a temporada de cruzeiros até o dia 21 de janeiro.

    Na época, a alegação foi de “incertezas na interpretação e aplicação de protocolos previamente aprovados”. A previsão inicial era de que a temporada fosse retomada depois da data estabelecida.

    A decisão final sobre a manutenção ou não da temporada após 21 de janeiro não é da Anvisa, mas do grupo interministerial formado por Casa Civil, Ministério da Saúde, Ministério da Justiça e Ministério da Infraestrutura.

    A CNN já solicitou posicionamento aos ministérios para saber se eles vão acatar a recomendação, mas não obteve resposta. Também aguarda retorno da CLIA sobre a recomendação.

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