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    Eduardo Paes denuncia cobrança de R$ 500 mil de bandidos para ‘liberar’ obra

    Prefeito do Rio pediu ajuda ao Ministério da Justiça; ministro interino responde que tem recebido relatos semelhantes de outros prefeitos da região

    Leonardo Ribbeiroda CNN

    O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), usou as redes sociais nesta terça-feira (9) para dizer que uma organização criminosa “está pedindo dinheiro” para a empreiteira responsável pela construção do Parque Piedade, na Zona Norte da capital fluminense.

    “Ameaçam paralisar as obras caso o pagamento não aconteça. Obviamente não vamos aceitar”, escreveu Paes.

    Segundo o prefeito, os bandidos teriam pedido R$ 500 mil diretamente à empreiteira. O valor total da obra é de R$ 65 milhões.

    No texto, Paes pede ajuda à Polícia Federal e ao ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que também usou as redes sociais para responder.

    “Temos recebido relatos iguais de outros prefeitos do Rio, infelizmente. O crime organizado destrói a economia e o desenvolvimento. A empreiteira não pode pagar nada, é inaceitável este estado paralelo. Vamos para cima destes bandidos”, afirmou Cappelli.

    Operação em dezembro

    No mês passado, investigações da operação Dinastia II, realizada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Rio nesta terça-feira (19), mostraram que a milícia chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, cobrava taxas do setor da construção civil. Grandes empreiteiras eram obrigadas a pagar por obras em andamento e até mesmo por obras da prefeitura do Rio.

    Segundo o MP, as cobranças eram mensalmente planilhadas e, somente em fevereiro de 2023, o grupo criminoso teria arrecadado mais de R$ 308 mil com a cobrança das taxas. Com o intuito de ocultar e dissimular a natureza, origem e a localização do dinheiro ilícito, os criminosos usavam várias contas para recebimento e circulação dos valores obtidos por meio de extorsões.