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    ‘É muito mais barato abrir leitos do que fechar economia’, diz governador do MT

    Mauro Mendes (DEM) ainda criticou governantes que adotaram a medida de paralisação no início do registro dos casos da Covid-19

    Com casos da Covid-19 em 68% dos municípios do estado, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), disse à CNN, nesta quinta-feira (4), que preferiu abrir leitos, para ter capacidade de atendimento, do que fechar a economia. No entanto, ele disse que não descarta uma paralisação caso julgue necessário. 

    “Nós nos dedicamos abrir leitos de UTI. Por mais que isso custe caro, é muito mais barato abrir leitos e ter condições de atender a população do que fechar a economia, porque o dano que isso traz para a vida das pessoas é extremamente grande”, afirmou. 

    Mendes explicou considerar que uma eventual paralisação deve ser feita no momento adequado e criticou governantes que adotaram a medida no início do registro dos casos. “Não sou contra a paralisação, porém, ela tem que acontecer no momento certo, e não no início. Vi prefeitos e governadores que determinaram paralisação quando tiveram os primeiros casos”, declarou.

    “Ela é um remédio que tem que ser aplicado para diminuir a curva quando ela começa a ficar muito forte, e há um estrangulamento do sistema de saúde. Foram feitas paralisações quando nós estávamos no início e, agora, quando estamos no meio – ou no pico –, está todo mundo abrindo. Aqui, no Mato Grosso, nós ainda não fechamos, por isso que nossa economia vai muito bem”, acrescentou. 

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    Sem descartar a possibilidade de um isolamento mais rígido, o governador do MT assegurou que, por enquanto, a meta é continuar criando condições de atendimento. “Em algum momento, talvez seja necessário, e nós vamos fechar. Até lá, vamos abrir leitos, porque é isso que a Organização Mundial da Saúde (OMS) fala, que tem que ter leito para atender aqueles que foram contaminados. Tendo isso temos que ir trabalhando, usando máscara e aprendendo a conviver”, concluiu.

    Desde o início da pandemia, o governador repassou aos prefeitos que tomem as decisões sobre as medidas para cada município. “O governo do estado passa as orientações, e os prefeitos tomam as decisões em cada município de acordo com a realidade de contaminação”, esclareceu. 

    Ele ainda acrescentou que o governo do estado está monitorando os casos, número de UTIS disponíveis e a velocidade de contaminação em cada cidade. “Cruzando esses dois fatores – disponibilidade das UTIs e velocidade de crescimento –, nós classificamos o risco daquela cidade e estamos observando se o prefeito está tomando medidas adequadas. Se não estiver, o governo do estado pode interferir”, pontuou.

    Segundo dados atualizados da Secretaria Estadual de Saúde, o Mato Grosso tem 3.029 mil casos e 79 mortes pela doença.

    Recursos do governo federal

    O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), fala à CNN
    O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), fala à CNN
    Foto: CNN (04.jun.2020)

    Perguntado sobre o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao trecho que poderia liberar R$ 8,6 bilhões para estados, Distrito Federal e municípios comprarem equipamentos e material de combate à Covid-19, Mendes disse compreender a decisão.

    “Todo dinheiro nesse momento é bem-vindo e, quando bem aplicado, é importante. O governo federal também tem suas dificuldades. Não podemos achar que ele pode resolver todos os problemas. A arrecadação do governo também caiu”, avaliou.

    O governador ainda disse considerar que o repasse “seria importante”, mas que a ajuda do pacote de R$ 60 bilhões a estados e municípios “já é um nível de recurso bastante significativo”.

    Na quarta-feira (3), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a liberação da verba do pacote deve ser feita até o dia 9 de junho.

    (Edição: Sinara Peixoto)

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