Dono de loja de armas é preso suspeito de mentir sobre arsenal furtado no DF
Estabelecimento teve estoque roubado em junho deste ano
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu o dono de uma loja de armas de fogo que foi furtada no início do mês de junho deste ano. A prisão aconteceu na manhã desta segunda-feira (19), durante uma operação da polícia, em Ceilândia, cidade localizada a cerca de 30 quilômetros de Brasília (DF).
Segundo os investigadores, o suspeito foi detido por fraude processual e envolvimento no comércio ilegal de armas de fogo.
De acordo com a polícia, o proprietário do estabelecimento já havia vendido os objetos de forma irregular antes do furto e, posteriormente, os declarou como furtados.
No local, foram localizadas e apreendidas armas de fogo, munições e acessórios do proprietário, a fim de evitar que fossem comercializados ilegalmente.
A ação, denominada de “Operação Illusion”, também tinha como alvo uma associação criminosa responsável pelo furto de armas de fogo da loja. Os agentes cumpriram 12 mandados de busca e apreensão.
De acordo com a polícia, o grupo é composto por pelo menos quatro pessoas suspeitas pelo furto.
Investigações
Conforme a polícia, os criminosos começaram a se preparar no mês de maio para cometer o crime, que aconteceu nos dias 8 e 9 de junho.
O grupo alugou um imóvel ao lado do estabelecimento e utilizou documentos falsos na ação. Dessa maneira, os suspeitos abriram buracos nas paredes para acessar a loja e furtar o arsenal.
No início das investigações, a loja relatou que 76 armas haviam desaparecido. No entanto, na tentativa de manipular as buscas realizadas pela equipe policial, o proprietário registrou um número falso de armas que teriam sido furtadas.
Mesmo com o engano e com a fraude identificada pelas autoridades, a polícia confirmou que o furto de armas aconteceu, mesmo que em menor escala do que o relatado inicialmente.
Até o momento, quatro pessoas foram presas. A investigação segue em andamento. A polícia não encontrou vínculos entre os criminosos que realizaram o furto e o empresário.
Os suspeitos (entre eles, quatro homens e uma mulher) responderão por crimes de falsificação de documentos, uso de documentos falsos, furto qualificado, comércio ilegal de armas de fogo e associação criminosa. As penas previstas para estes delitos variam de 1 a 12 anos de prisão.
*Sob supervisão de Bruno Laforé