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    Documento mostra que indigenista desaparecido comunicou Funai sobre expedição em Terra Indígena

    Bruno Pereira foi autorizado a participar de reuniões em Terra Indígena entre os dias 17 e 30 de maio; desaparecimento ocorreu em 5 de junho, em área que não necessitava autorização

    Nathallia FonsecaBianca Camargoda CNN

    São Paulo

    O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, disse em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na quarta-feira (8), que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips não teriam comunicado aos órgãos de segurança sobre a viagem ao Vale do Javari, no Amazonas. Documentos oficiais aos quais a CNN teve acesso, porém, apontam que o indigenista cumpriu protocolos de autorização.

    De acordo com o documento, emitido pela Funai no dia 17 de maio, o indigenista Bruno Araújo Pereira foi autorizado a entrar em Terra Indígena e participar de reuniões. O jornalista Dom Phillips não é citado no documento e não teria participado de qualquer atividade no território.

    “Esta não foi uma missão comunicada à Funai. A Funai não emitiu nenhuma permissão para ingresso. É importante que as pessoas entendam que quando se vai entrar numa área dessas, existe todo um procedimento”, disse Xavier na quarta-feira. A autorização emitida em maio, porém, comprova conhecimento da Fundação sobre a expedição.

    A autorização prévia da Funai para ingresso em Terras Indígenas tornou-se um protocolo necessário como parte das medidas sanitárias durante a pandemia da Covid-19 no Brasil.

    Embora a autorização possuísse vigência apenas até o dia 30 de maio, o local em que o indigenista e o jornalista foram vistos pela última vez, no dia 5 de junho, não exigia qualquer documentação para acesso.