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    Dirigentes da Transwolff, empresa de ônibus investigada por ligação com PCC, irão responder em liberdade

    Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o "Pandora", e Robson Flares Lopes são acusados de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, extorsão e organização criminosa

    Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, é presidente da Transwolff
    Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, é presidente da Transwolff Reprodução/Redes Sociais

    Rafael Villarroelda CNN*

    São Paulo

    Os dois dirigentes da Transwolff, empresa de ônibus que opera na capital paulista e é investigada por ligação com o PCC, tiveram liberdade concedida pela Justiça de São Paulo.

    Eles também responderão o processo em liberdade.

    Luiz Carlos Efigênio Pacheco e Robson Flares Lopes são acusados de fazer parte de um esquema em que a Transwolff recebia dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) para disputar licitações da Prefeitura de São Paulo, e assim lavar o dinheiro obtido por meio do tráfico de drogas e roubos. Eles estão presos na P2 de Presidente Venceslau.

    Em nota, o Ministério Público de São Paulo afirmou que irá recorrer da decisão. Já a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) afirmou que o alvará de soltura ainda não foi cumprido, pois não chegou na unidade penitenciária.

    Eles foram presos em abril, durante a operação Fim de Linha, deflagada pelo MP-SP e que tinha como alvo as empresas Transwolff e a UPbus, que operam na zona sul e leste de São Paulo, respectivamente. As duas são apontadas de ter ligação com o PCC.

    Segundo as investigações, para fazer com que as empresas conseguissem disputar licitações e operar na capital, os criminosos injetaram R$ 74 milhões nas companhias. Fontes ligadas à CNN revelaram os valores.

    Ambas as empresas transportam 350 mil passageiros todos os dias na capital.

    O Ministério Público paulista estima que a Transwolff e a UPBus tenham recebido, nos últimos anos, R$ 800 milhões da prefeitura.

    Durante a operação Fim da Linha, foram apreendidas cerca de 800 munições, dinheiro em espécie, com R$ 161 mil e US$ 3.290, além de duas barras de ouro, joias, relógios e documentos.

    FOTOS – Veja imagens da operação contra as empresas

    À CNN, a defesa de Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, confirmou a informação da soltura dele e afirmou que “fez na manhã de hoje (04/06) a sustentação oral solicitando o Habeas-corpus do Sr Luiz Carlos Efigênio Pacheco (Pandora), proprietário da Transwolff Transporte e Turismo”.

    A CNN não localizou a defesa de Robson Flares Pontes.