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    Diretor e funcionários são afastados da Fundação Casa após denúncias de agressão

    Determinação judicial ocorreu após pedido realizado pela Defensória Pública e o Ministério Público do estado de São Paulo

    Fachada da Fundação Casa de Franco da Rocha
    Fachada da Fundação Casa de Franco da Rocha Google Street View/Reprodução

    Julia Fariasda CNN*

    A Justiça de São Paulo determinou o afastamento de um diretor e sete funcionários do Centro de Atendimento Inicial e Provisório (CAIP), ligado à Fundação CASA, em Franco da Rocha, após uma denúncia de abusos físicos sistemáticos praticados contra jovens por profissionais do local.

    O pedido foi realizado pela Defensória Pública e o Ministério Público do estado.

    O defensor público Paulo Sérgio Guardia Filho e o promotor de Justiça Willian Ortis Guimarães, responsáveis pelo caso, apontaram uma série de abusos cometidos pelos funcionários, em que os adolescentes descreveram as agressões: chutes, joelhadas e socos em diversas partes do corpo, enforcamentos e limitação na oferta de água.

    Além disso, durante uma inspeção realizada pelo poder Judiciário, um jovem internado na unidade relatou um episódio em que teria sido agredido mesmo sofrendo convulsões.

    A decisão, datada da última quarta-feira (27), dá prazo de cinco dias para cumprimento da medida. A multa diária para caso de descumprimento será de R$ 5 mil até o limite de R$ 500 mil.

    A decisão do afastamento foi determinada pelo magistrado Rafael Campadelli Andrade que, ao conceder a liminar considerou que as situações relatadas envolvendo as violações presentes na Fundação seriam sanadas apenas com o afastamento dos envolvidos.

    Conforme afirma o Ministério Público de São Paulo, os prestadores das áreas de psicologia e assistência social confirmaram as informações ao juiz da Vara da Infância e Juventude. O órgão ainda pontua que “[…] uma testemunha protegida narrou que o diretor chegou a participar de atos violentos contra os internos”.

    Em nota, a Fundação CASA informou que tomou conhecimento da decisão judicial e, imediatamente, afastou o diretor e os funcionários envolvidos. Além disso, a unidade evidenciou que a Corregedoria Geral da Instituição também investiga o caso, que corre em sigilo.

    *sob supervisão de Bruno Laforé