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    Dia da Consciência Negra teve cobertura intensa na programação da CNN

    Ao longo deste sábado (20), boletins do ‘CNN No Plural’ apresentaram, na TV e no digital, entrevistas e conteúdos para reflexão sobre a questão racial no Brasil

    Da CNN , em São Paulo

    A CNN dedicou boa parte de sua programação neste sábado (20) ao Dia da Consciência Negra. Ao longo do dia, entrevistados do CNN No Plural, uma iniciativa do canal multiplataforma para promover a diversidade e a inclusão, discutiram os pilares da luta pela equiparação racial, as conquistas alcançadas e, principalmente, as questões em aberto e os desafios que ainda devem ser enfrentados por toda a sociedade.

    Na apresentação do CNN Sábado Manhã, Luciana Barreto e Jairo Nascimento conduziram as primeiras matérias do dia sobre os 133 anos decorridos após a Abolição da Escravatura e a desigualdade racial que ainda se mantém no país.

    Entre os entrevistados pela CNN estavam Rachel Maia, fundadora e CEO da RM Consulting, Mylene Ramos Seidl, advogada e consultora em diversidade e Nina Silva, CEO do Movimento Black Money.

    A CNN exibiu ainda na TV, em seu site e nas redes sociais os depoimentos marcantes sobre histórias de superação racial com nomes como Kwami Alfama (CEO da Tereos Amido & Adoçantes), Arlane Gonçalves (Consultora de diversidade), Theo Vander Loo (ex-CEO Bayer), e Edilaine Kosiur (analista de mídias sociais).

    “Passo 365 dias, na própria CNN Brasil, falando sobre pautas antirracistas. Denuncio o ano inteiro o racismo estrutural, as prisões por engano, as desigualdades no mercado de trabalho, a falta de equidade no acesso a direitos, o machismo que se alia ao racismo para fazer vítimas mulheres negras”, desabafa Luciana Barreto, escolhida recentemente pela ONU como uma das 100 pessoas negras mais influentes do mundo.

    “Acho importante que o canal marque a data com uma programação mais incisiva, indicando que precisa estar contribuindo com um Brasil que não tolera o racismo, com um país que respeita sua diversidade e seus cidadãos”, destaca.

    Da mesma forma, o apresentador Jairo Nascimento defende a ampla cobertura no Dia da Consciência Negra, pois todos os índices do país ainda apontam para uma sociedade desigual do ponto de vista racial.

    “Trata-se de uma condição estrutural de racismo que acaba negando direitos básicos a grande parte da população brasileira. Mostrar os problemas, ouvir especialistas, debater ideias e trazer soluções é papel do jornalismo”, afirma Jairo.

    “Para mim é muito especial esta cobertura. Eu estava quase desistindo do jornalismo e na CNN sinto que meu trabalho é respeitado. Aqui na emissora posso ser quem sou”, complementa.

    Em entrevista à CNN, Nina Silva, CEO do Movimento Black Money, afirmou que o racismo estrutural também se manifesta nos espaços de poder, como as grandes empresas. “Todos esses espaços onde há influência do capital não são espaços enegrecidos porque não somos donos e donas dos meios de produção”, conta.

    O racismo estrutural é um grande problema para o Brasil, também segundo a advogada Mylene Ramos Seidl, consultora em diversidade e inclusão e juíza do trabalho aposentada.

    “Nós tivemos mais de três séculos de regime escravocrata, esses três séculos tiveram um suposto término há 133 anos e deixou muitas marcas dentro da nossa sociedade”, disse ela em entrevista à CNN.

    A analista de mídias sociais e estudante de Direito Edilaine Kosiur enfrentou dificuldades no mercado de trabalho por ser uma mulher negra. Ela contou à CNN neste sábado que as dificuldades só foram superadas quando encontrou uma empresa com gestores negros.

    “Na empresa que estou atualmente, a líder e o supervisor para área para qual fiz minha inscrição são negros. Sabia que meu tom de pele não seria uma desvantagem, que eu não iria entrar em desvantagem no processo seletivo. Aquilo me trouxe segurança.”

    Os desafios no mercado de trabalho também foram abordados pela gerente de conteúdo da CNN Brasil, Letícia Vidica.

    “Já se passaram 133 anos desde a abolição da escravatura e a pergunta provocativa que devemos fazer é ‘Quantos anos mais serão necessários para equiparar a sociedade brasileira?’, indaga Letícia Vidica.

    “Em busca desta resposta, que sabemos que é bem complexa, ajustamos uma programação na CNN para o Dia da Consciência Negra, com a total consciência de que é um dia importante e que temos todos os outros para lutar contra a desigualdade. Todos nós, negros e brancos, temos que lutar em busca desta igualdade”, finaliza.

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