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    Desigualdade social cresce nas metrópoles brasileiras durante a pandemia

    Observatório das Metrópoles aponta que a desigualdade de renda nas grandes cidades brasileiras cresceu entre o fim de 2019 e o segundo trimestre de 2020

    Henrique Andrade, da CNN*

     

    Estudo divulgado nesta quinta-feira (22) pelo Observatório das Metrópoles aponta que a desigualdade de renda nas grandes cidades brasileiras cresceu entre o fim de 2019 e o segundo trimestre de 2020. Segundo o boletim, elaborado em parceira com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), a pandemia do novo coronavírus agravou o desequilíbrio social.

    A média do coeficiente Gini era de 0,610 no 1º trimestre de 2020 e aumentou para 0,640 no trimestre seguinte, segundo a pesquisa. O coeficiente Gini é usado para medir a desigualdade entre todos os indivíduos de uma população, medido de 0 a 1, em que zero representa situação de completa igualdade e um representa total desigualdade.

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    Foto: Bruno Kelly – 19.mai.2020 / Reuters

    Desde 2013, o coeficiente mais baixo já registrado pelo Observatório foi de 0,575, nos segundos e terceiros trimestres de 2015. Desde então, o dado está em constante crescimento.

    Segundo o estudo, todos os estratos de rendimento sofreram queda de rendimento no último trimestre, mas a queda entre os mais pobres foi 40% maior, proporcionalmente. O percentual da população considerada em “vulnerabilidade relativa” (renda menor que a metade do perfil médio, também aumentou para 31%, representando quase um terço dos indivíduos.

    Ao todo, o boletim compreende 22 regiões metropolitanas: Manaus, Belém, Macapá, Grande São Luís, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju, Salvador, Belo Horizonte, Grande Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Vale do Rio Cuiabá e Goiânia; além do Distrito Federal e da Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina.

    (*Supervisão de Evelyne Lorenzetti)