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    Desigualdade geracional: mudanças climáticas já impactam crianças nascidas hoje

    À CNN Rádio, Pedro Hartung explicou estudo e disse que ainda há tempo para reverter situação preocupante

    Enchentes em Jacarta, Indonésia, em fevereiro de 2021
    Enchentes em Jacarta, Indonésia, em fevereiro de 2021 UNICEF/Wilander

    Amanda GarciaIsabel Camposda CNN

    em São Paulo

    Um estudo publicado na revista Science apontou “injustiça intergeracional” nos impactos sofridos pelas mudanças climáticas: com isso, as gerações nascidas hoje experimentarão o dobro de incêndios florestais, duas a três vezes mais secas, quase três vezes mais inundações e quebras de safra e sete vezes mais ondas de calor.

    Em entrevista à CNN Rádio nesta terça-feira (28), o advogado e diretor de políticas e direitos da Criança do Instituto Alana, Pedro Hartung, destacou que a pesquisa “escancara a desigualdade intergeracional.”

    “Isso é reflexo das escolhas dos adultos nascidos pós-1990, os adultos de hoje são responsáveis por metade do problema de mudanças climáticas”, explicou. “As decisões que estamos tomando vão impactar e já estão impactando as crianças de hoje”.

    Para Hartung, este é um “chamamento para os países se comprometerem de uma vez por todas à diminuição do uso de combustíveis fósseis e redução da emissão de gases de efeito estufa.”

    “Chegamos em um momento muito importante para impedir que a temperatura global aumente mais do que 1.5 graus. Se aumentar, serão 5 vezes mais enchentes, ondas de calor, secas extremas, isso impacta a todos nós”, completou. “Quem tiver menos de 40 anos vai vivenciar muito mais eventos climáticos extremos”.

    Mesmo assim, o advogado vê que ainda há esperança:

    “Cientistas são unânimes: se mudarmos a matriz energética a gente consegue, para uma mais limpa, como solar, eólica. Na Europa já estão banindo o diesel, e é isso que temos que enfrentar como país para poupar a vida das crianças e as nossas.”