Desarranjo da economia internacional ameaça Brasil de 2023
Thais Herédia e Priscila Yazbek apresentam podcast CNN Money, nas manhãs de segunda a sexta, com balanço dos assuntos que influenciam mercados, finanças e economia
A economia brasileira caminha para ter em 2022 o melhor desempenho dos últimos quatro anos, descontado o efeito da pandemia.
Dados do Boletim Focus, divulgados na última segunda-feira (29), mostram uma revisão do crescimento do PIB para 2% e uma queda na inflação, que deve rondar a casa dos 6%. O mercado de trabalho também se mostra aquecido, e até as contas públicas caminham bem, com grandes chances de fechar o ano com superávit primário pela primeira vez desde 2013.
Esse quadro, contudo, se desfaz na virada do ano. A revisão que levou o PIB para cima em 2022, por exemplo, foi a mesma feita para o ano que vem, só que com a seta apontada para baixo. A trajetória da atividade econômica do país vê um horizonte turbulento, encarado por dois ângulos.
De um lado, o cenário doméstico é de insegurança sobre a política fiscal do próximo governo, à medida que as promessas de campanha só crescem — e o espaço no orçamento, não. O impacto integral do ciclo de aperto monetário do Banco Central, que começou em março deste ano e deve encerrar dentro dos próximos meses, também arrefecerá a atividade para garantir a queda da inflação.
De outro, o cenário estrangeiro é de desalento: o desarranjo da economia internacional não é mais uma mera ameaça, mas uma realidade concreta, a exemplo do que acontece com a economia dos países da zona do euro e dos Estados Unidos. É a partir desta perspectiva que o episódio do CNN Money desta terça se volta, buscando responder a perguntas como: qual será intensidade desse desarranjo? Quem vai ser sentir mais a crise energética e a recessão dos países ricos? Que recessão será essa?
Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.