Demolição de prédio incendiado no Centro de São Paulo começa neste sábado (16)
Serviço será feito de maneira mecânica, sem implosão; trabalhos ocorrerão sete dias por semana, das 7h às 17h
Começa neste sábado (16), às 8h, a demolição do prédio que pegou fogo na região da 25 de Março, no Centro de São Paulo, área nacionalmente conhecida por suas lojas de comércio popular, que recebe milhares de consumidores diariamente.
O incêndio de grandes proporções começou na noite do último domingo (10), e o Corpo de Bombeiros levou cerca de 70 horas para conter as chamas. Não há registro de vítimas.
Embora não exista, neste momento, sinais prévios de risco de ruptura total, o risco de desabamentos pontuais permanece; com isso, a prefeitura de São Paulo decidiu demolir o prédio. Os trabalhos ocorrerão sete dias por semana, sempre das 7h às 17h.
No total, nove edifícios foram interditados pela prefeitura, nos arredores do local do incêndio, devido ao risco de queda.
De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), o serviço de demolição será feito de maneira mecânica, sem implosão.
Na sexta-feira (15), técnicos da SIURB analisaram os dados complementares coletados, como plantas, imagens de drone e relatórios.
“A partir dessa análise, será definido o plano de trabalho e o método que será empregado na demolição do edifício. Esclarecemos que não haverá implosão, a demolição será executada de maneira mecânica”, informou a prefeitura.
Segurança
Um esquema será montado para garantir a segurança dos moradores e trabalhadores da região. O Edifício Comércio e Indústria fica na rua Comendador Abdo Schahin, 78.
“O perímetro do edifício será isolado com tapumes e toda estrutura será coberta por telas. Os primeiros trabalhos a serem realizados são a limpeza do local e o escoramento de toda a estrutura [com armações de aço entre os andares]. Em princípio, vinte operários estarão trabalhando diretamente na operação”, explica a prefeitura.
Por se tratar de uma ação emergencial, os prazos de finalização serão estabelecidos no decorrer dos trabalhos, bem como o valor que será investido, informou a prefeitura de São Paulo.
Incêndios de grandes proporções já marcaram o Centro de SP, relembre:
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Edifício Wilton Paes de Almeida: prédio de 22 andares desabou durante um incêndio de grandes proporções no largo do Paissandu, no centro de São Paulo, em 1º de maio de 2018. O edifício vizinho também pegou fogo nos três primeiros andares • FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Trabalho dos bombeiros 24 horas após incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida no Largo do Paissandú. Uma das vítimas estava presa no 8º andar do prédio e os Bombeiros não puderam resgatá-la antes do desabamento. O local já pertenceu à Polícia Federal, mas estava desativado e ocupado irregularmente • Amanda Perobelli/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Bombeiros trabalham nos destroços do Edifício Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, esquina com Avenida Rio Branco, região central da cidade de São Paulo que desabou após incêndio no dia 1º de maio. O prédio, de 24 andares, estava ocupado por famílias sem moradia regularizada • Amanda Perobelli/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Edifício Joelma: milhares de curiosos observam o trabalho do Corpo de Bombeiros para resgatar os sobreviventes do incêndio, que matou mais de 180 pessoas • ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Bombeiros tentaram resgatar com escadas as pessoas presas no Edifício Joelma em chamas. O incêndio foi causado por um curto-circuito em um aparelho de ar condicionado no 12° andar • ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Helicóptero do Exército auxiliou no resgate de pessoas ilhadas no teto do Edifício Joelma em chamas. O prédio de 25 andares, no centro de São Paulo, pegou fogo após um curto-circuito. O caso é uma das maiores tragédias registradas na cidade de São Paulo • ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Edifício Andraus: Curiosos e policiais observam prédio tomado pelas chamas. O incêndio ocorreu em fevereiro de 1972, no Centro de São Paulo • ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Vista aérea do edifício Andraus em chamas com as pessoas refugiadas no teto do prédio. Incêndio matou 17 pessoas • ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Vista aérea do edifício Andraus dois anos após o incêndio que matou 17 pessoas • EQUIPE AE/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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Cem lojas ficaram destruídas, diz representante dos lojistas da 25 de março
De acordo com Claudia Urias, diretora-executiva da União dos Lojistas da 25 de março e Adjacências (Univinco), 80% das lojas da região (cerca de 2,5 mil) ficaram fechadas na segunda-feira (11) por causa do incêndio na Rua Barão Duprat, no centro de São Paulo.
“Aproximadamente 100 lojas ficaram totalmente destruídas”, disse Urias. Ela ainda afirmou que outros estabelecimentos estão fechados como medida de precaução caso haja risco de desabamento do prédio que pegou fogo.
A Univinco responde por 17 ruas de comércio na região central de São Paulo.