Caso Henry: Delegado diz que Jairinho tentou intimidar funcionários de hospital
Em entrevista à CNN, Antenor Martins também disse que o menino Henry Borel sofria agressões desde fevereiro
Delegado diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC), Antenor Martins disse neste sábado (10) em entrevista à CNN que o vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, tentou intimidar profissionais do hospital para tentar liberar o corpo do menino Henry Borel sem a realização da necrópsia.
“Temos uma prova, um depoimento contundente de um auto executivo da área de Saúde que ele relatou sim, oficialmente em depoimento, confirmou isso, inclusive mostrou a troca de mensagens no aplicativo de celular de que o vereador tentou liberar o corpo do IML, para que não fosse encaminhado ao IML para que pudesse ser feita a necropsia”, afirmou Antenor, chefe do delegado Henrique Damasceno, que está investigando o caso.
“Ele queria o atestado de óbito para liberar o corpo do menino para o sepultamento direto, e, segundo palavras do vereador investigado, para ‘virar a página’, ele usou o termo. Foi isso que o auto executivo apresentou, aliás faço um elogio público pela cidadania, ele como pai de família não se eximiu, compareceu à delegacia uma vez intimado pela autoridade policial, relatou a verdade, apresentou documentos, abriu o seu telefone celular, disponibilizou tudo. Tanto o executivo e equipe do Barra D’Or, médicas, enfermeiros, tiveram uma conduta irrepreensível nesse caso”, completou o delegado.
Agressões desde fevereiro
Antenor também afirmou à CNN que as agressões sofridas pelo menino ocorriam desde fevereiro. “Nós temos provas técnicas de que estas agressões vinham acontecendo desde fevereiro. A mãe [Monique Medeiros] tinha pleno conhecimento disso e nada fez para impedir e afastar o seu pequeno filho do agressor, que era na verdade o seu companheiro. Ela mentiu para proteger o assassino do seu filho e a babá, que é testemunha, também mentiu. Isso para nós é o fundamental”.
“Até o momento, nós não encontramos nenhum indício de que a mãe do menino Henry [Monique Medeiros] estivesse sendo ameaçada pelo companheiro dela. Pelo contrário, eles parecem extremamente unidos. Inclusive, no momento da prisão estavam dormindo juntos em um terceiro imóvel da tia do vereador”, completou.
