Defesa pede que pai de pastor morto vire assistente de acusação contra Flordelis
Pai biológico de Anderson do Carmo quer assumir função que já foi exercida pela irmã e mãe
O pai biológico de Anderson do Carmo pediu para ser incluído como assistente de acusação na denúncia feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que aponta Flordelis como mandante do assassinato do pastor. O pedido é um ajuste feito pela defesa.
Segundo os advogados da família, a primeira assistente de acusação eleita foi Michele do Carmo de Souza, irmã de Anderson. Michele se prontificou a acompanhar ativamente o processo porque desconfiava da participação da deputada federal Flordelis no crime. Só que, em outubro de 2019, ela morreu em decorrência de uma anemia. Quem assumiu a função legal foi a mãe de Anderson, Maria Edna do Carmo. Mas, nove meses após o assassinato do filho, ela não resistiu a um ataque cardíaco e morreu em 8 de abril.
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No mesmo dia em que o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil de Niteroi deflagraram a operação Lucas 12, que levou à prisão cinco filhos e uma neta de Flordelis, a defesa da família de Anderson do Carmo elegeu Jorge de Souza, pai biológico do pastor, para ser o novo assistente de acusação. A solicitação foi feita à 3a Vara Criminal da Comarca de Niterói, no Rio de Janeiro.
De acordo com o advogado Telmo Bernardo, o desejo da família — diante do que ele definiu como “trama diabólica” — é de que a Justiça seja feita. “Não é em tom de vingança, mas de satisfação moral para a família, para a sociedade e para quem amava o pastor Anderson”, explica Bernando.
O advogado informou ainda que há um inquérito em andamento que apura a veracidade da carta de confissão de culpa do crime, assinada por Lucas Cezar dos Santos, filho de Flordelis, indiciado em 14 agosto de 2019 junto com o irmão Flávio dos Santos Rodrigues por participação no assassinato. Diante disso, o representante da defesa da família ressalta: “A história ainda não acabou”.