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    Defesa de Fernando Sastre pede liberdade e MP se posiciona de forma contrária; Justiça analisará o caso

    Empresário que causou acidente fatal na Zona Leste de São Paulo segue preso na penitenciária de Tremembé

    Marcos Guedesda CNN

    São Paulo

    Os advogados de Fernando Sastre de Andrade Filho, 24 anos, solicitaram à Justiça de São Paulo, em manifestação protocolada em 20 de maio, que o empresário deixe a prisão e que responda ao processo em liberdade. O Ministério Público de São Paulo (MPSP), por sua vez, apresentou uma petição contrária aos pedidos, que será novamente analisado pela Justiça.

    Fernando Sastre está preso na penitenciária de Tremembé, acusado de ser o responsável pelo acidente que causou a morte do motorista de aplicativo, Ornaldo da Silva Viana, 52 anos, em 31 de março, na Zona Leste de São Paulo.

    Em documentos do processo, ao qual a CNN teve acesso, os advogados do empresário alegam que a prisão é injustificada, uma vez que não há indícios de que alguma medida cautelar, anterior à prisão, tenha sido descumprida por Fernando.

    O MPSP também se manifestou sobre o tema, apontando que “o acusado influenciou o depoimento de testemunhas, ainda durante o inquérito policial, havendo indícios que, caso mantido em liberdade, pode manipular provas, em prejuízo à elucidação dos fatos”, diz trecho da manifestação.

    Ainda sobre as manifestações contra o pedido de liberdade, o MPSP alegou que os elementos de prova produzidos indicam que “existe o risco concreto de reiteração de crimes”. Isso porque, segundo o MPSP, Fernando já esteve envolvido em outros registros de ocorrência policial de acidentes de trânsito, causados por excesso de velocidade.

    A documentação que pediu a liberdade de Fernando diz que os argumentos do MPSP são repetidos e que já foram respondidos, alegando também que as imagens das câmera corporal não mostram o acusado alcoolizado ou em péssimas condições.

    Vídeo de antes do acidente

    O vídeo mencionado pela defesa de Fernando faz alusão à gravação da câmera corporal da policial militar que atendeu a ocorrência momentos após o acidente. A alegação é de que não há elementos que possam confirmar a hipótese do empresário estar alcoolizado.

    Nas imagens, o empresário aparece desnorteado – possivelmente por conta da colisão – e diz não se lembrar exatamente o que havia acontecido. Ele estava saindo do local do acidente com a ajuda da mãe, quando foi abordado pela policial militar da ocorrência.

    A defesa do empresário não mencionou outro vídeo sobre o caso, que mostra o empresário conversando com a namorada, pouco antes do acidente, visivelmente com a voz embargada. Este segundo vídeo mostra Fernando desequilibrado tentando fechar a porta do carro dizendo que iria para casa jogar sinuca.

    Ainda não há uma data para a justiça analisar as novas manifestações no processo. A reportagem procurou a defesa do empresário, que disse que, em respeito ao sigilo do procesos, não iria se manifestar.