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    Cúpula da Amazônia: movimentos sociais esperam ser recebidos por Lula após manifestação

    Participantes da Marcha dos Povos da Terra entregaram às autoridades uma carta com reivindicações

    Marcha dos Povos da Terra pela Amazônia, realizada em Belém (PA)
    Marcha dos Povos da Terra pela Amazônia, realizada em Belém (PA) Nilson Cortinhas

    Nilson Cortinhascolaboração para a CNN

    Em Belém (PA)

    Movimentos sociais e sindicais realizaram na manhã desta terça-feira (8) a Marcha dos Povos da Terra pela Amazônia. O ato, que teve a participação de entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foi realizado nas proximidades do local onde está ocorrendo a Cúpula da Amazônia, em Belém (PA).

    Segundo a organização, a comitiva será recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e entregará a ele a Carta dos Povos Indígenas da Amazônia.

    Não houve registros de confrontos com os órgãos de segurança, que limitaram o acesso ao Centro de Convenções. O ato foi encerrado ainda pela manhã, quando uma comitiva da marcha foi liberada para se reunir com integrantes da Cúpula.

    Vídeo: Cúpula da Amazônia começa hoje em Belém

    Entre os pontos citados na carta está a preocupação em relação à exploração de petróleo e garimpos na Amazônia. Além disso, há reivindicações com relação à demarcação das terras indígenas.

    Kwarahy Tenetehar, da aldeia Yory, do Pará, afirmou que representa um segmento social dos indígenas que perderam seus territórios. São mais de 1.471 povos que foram expulsos de suas terras no estado, de acordo com Kwarahy.

    Segundo ele, a falta de demarcação dos territórios indígenas facilitou o avanço de latifundiários, grileiros e até de grandes empreendimentos. Hoje, os indígenas vivem em condições desfavoráveis nas cidades. “Estamos morando nas favelas”, revelou. “Tudo que precisa estruturar na cidade precisa de terra e impacta na gente”, disse. “Estamos reivindicando o nosso direito de existência”, disse.

    Líder do movimento, Auricélia Arapium defendeu uma maior participação dos indígenas na cúpula. “Não há discussão da Amazônia sem os povos tradicionais”, declarou.