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    Cubano confessa participação na morte de galerista e dá mais detalhes do crime

    “Ele foi totalmente manipulado nessa história. Está muito arrependido e bem abalado pela situação”, diz advogado do suspeito

    Isabelle Salemeda CNN

    O cubano acusado pela morte do galerista norte-americano Brent Sikkema, no Rio de Janeiro, confessou o crime, durante novo depoimento, colhido na manhã desta terça-feira (30), no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da capital fluminense. A informação foi confirmada à CNN pela Delegacia de Homicídios, que investiga o caso.  

    Alejandro Triana Prevez, de 30 anos, está preso pela morte de Sikkema, encontrado sem vida no imóvel que possuía na zona sul do Rio, com 18 golpes de arma branca.

    Desde que foi capturado, quatro dias após o crime, em um posto de gasolina em Uberaba, Minas Gerais, o cubano negava participação no caso, apesar de a polícia ter imagens que mostram o suspeito entrando no apartamento da vítima na noite do crime.  

    A nova oitiva foi marcada a pedido da defesa do suspeito. De acordo com o advogado Greg Andrade, durante as quatro horas de depoimento Prevez foi colaborativo e trouxe novas informações que podem levar as investigações a um novo rumo e até elucidar o crime. “Não é só a motivação financeira, pelo contrário”, afirmou Andrade à CNN, sem passar mais detalhes para não atrapalhar as investigações.

    A defesa já tinha informado que o suspeito manteve um relacionamento profissional com Sikkema, atuando como uma espécie de “faz-tudo” em um dos imóveis do galerista. Ele, no entanto, o cubano negou qualquer tipo de relacionamento amoroso com o norte-americano. 

    Segundo o advogado, Preves está arrependido da participação no caso. “Ele foi totalmente manipulado nessa história. Está muito arrependido e bem abalado pela situação. Nunca matou ninguém”, contou Andrade, dizendo ainda que o cubano está escrevendo, no presídio, um livro sobre o caso. Ele já é autor de três obras literárias, sendo que uma chegou a ser publicada.  

    “É um crime melindroso, cheio de peculiaridades, nós estamos falando de um homicídio de uma pessoa muito importante. Então, eu me reservo ao direito de não trazer maiores detalhes mas o que posso dizer é que houve, sim, colaboração do nosso cliente em relação a participação dele e trazendo informações importantes”, concluiu o advogado. 

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