Crime ambiental: casal é preso com “Tartarugas da Amazônia”
Homem é investigado por ter influência em tráfico de drogas em Fonte Boa, no Amazonas
Um casal foi preso em flagrante por crime ambiental, em Fonte Boa, no estado do Amazonas, nesta segunda-feira (5). A Polícia Civil estadual deu voz de prisão ao casal após encontrarem 26 quelônios da espécie tartaruga-da-amazônia. Wandrey Lourenço Barbosa, de 33 anos, investigado por tráfico de drogas na cidade.
O delegado Bruno Nunes, da 70ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Juruá, no interior do estado, afirmou que as diligências iniciaram após a equipe policial da 55ª DIP de Fonte Boa solicitar apoio para cumprir a prisão preventiva de Wandrey.
A ação contou com o apoio da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e Guarda Civil Municipal (GCM).
“Segundo as investigações da 55ª DIP, o homem tem bastante influência com o tráfico de drogas em Fonte Boa. Ele e a sua companheira residiam em Juruá e, na casa deles, encontramos 26 quelônios da espécie Tartaruga da Amazônia”, disse o delegado.
De acordo com o delegado, Wandrey e sua companheira, Nelsa da Silva, de 28 anos, receberam voz de prisão por crime ambiental. Ele também deve responder por tráfico de drogas, enquanto a mulher apenas por crime ambiental. Os dois estão à disposição da Justiça.
Os quelônios foram soltos no rio após a apreensão. A espécie é da família Podocnemididae, encontrada no rio Amazonas e seus afluentes. O réptil chega a alcançar a quase um metro de comprimento e faz parte da tradição indígena da região.
O animal também é conhecido como “jurará-açu”, de origem do dialeto tupi. “Jurará” é derivado de “iurará”, que significa cágado ou quelônio. Já o termo “açu”, tido como adjetivo para algo grande, origina o nome “jurará-açu” ou “cagado grande”.
A origem do nome ainda remete à deusa da mitologia tupi-guarani, Juraráaçu, que foi transformada em tartaruga por Tupã, como punição por ter libertado Anhangá da prisão, segundo a Associação Comercial do Amazonas (ACA).
