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    Creche atacada em SC agradece apoio e diz que vive momento de dor que “não parece ter fim”

    Quatro crianças morreram e cinco ficaram feridas no atentado; suspeito está preso

    Creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, foi alvo de ataque
    Creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, foi alvo de ataque Stêvão Limana

    Manoela CarlucciTiago Tortellada CNN

    em São Paulo

    A creche que sofreu um ataque em Blumenau (SC) na última semana, que deixou quatro crianças mortas, publicou uma mensagem nas redes sociais agradecendo o apoio, mas ressaltando que vivem um “momento de muita dor, que não parece ter fim”.

    “Estamos esgotados, os pensamentos repetem aqueles momentos terríveis, os choros, o desespero de cada professora e criança”, pontuou a publicação do Centro de Educação Infantil (CEI) Cantinho do Bom Pastor.

    Também foi dito pela unidade de ensino que jamais imaginaram ou se preparam para uma “tragédia dessas”, pedindo que “continuem orando por nossas crianças, suas famílias, nossas professoras e equipe de trabalho”.

    O ataque

    O atentado foi realizado por um homem de 25 anos na quarta-feira (5), que se entregou para a polícia e está sendo investigado. As vítimas fatais tinham entre 5 e 7 anos de idade.

    Além disso, outras cinco crianças ficaram feridas — ao menos quatro receberam alta. Cerca de 40 crianças estariam usando o parquinho da creche no momento da invasão.

    Em coletiva de imprensa, o delegado Ulisses Gabriel, responsável pela investigação do ataque à creche em Blumenau, afirmou que o autor do crime já teve quatro passagens pela polícia. Agora, ele teve prisão preventiva decretada pela Justiça.

    O agressor utilizou um machado na ação criminosa, que, a princípio, aconteceu de maneira aleatória. Professores relataram que tentaram trancar os bebês dentro de uma sala de aula para evitar que fossem atacados.

    O delegado da Polícia Civil Ronnie Esteves afirmou à CNN que o autor do crime apontou em depoimento que estaria sendo ameaçado a cometer o massacre, indicando a pessoa — que já foi identificada pelas autoridades.

    Porém, mesmo que as autoridades investiguem esse indivíduo, Esteves acredita que o envolvimento seja pouco provável. “A gente acha que foi uma fantasia da cabeça dele”.

    Leia a mensagem completa do centro de educação:

    “Estamos vivendo um momento de muita dor, que não parece ter fim. Estamos esgotados, os pensamentos repetem aqueles momentos terríveis, os choros, o desespero de cada professora e criança.

    Precisamos dizer que está doendo muito, mesmo buscando forças nos abraços e nas orações. Jamais imaginamos ou nos preparamos para viver uma tragédia dessas.

    Queremos, do fundo do coração, agradecer por todas as mensagens de carinho e apoio que estamos recebendo de todos vocês: famílias que fazem parte do nosso Cantinho, amigos, pessoas de todos os lugares.

    Queremos pedir desculpas por não conseguirmos responder a todas as mensagens de carinho como deveríamos, pois ainda seguimos muito abalados com tudo isso. Mas registramos que cada sinal de carinho alivia um pouco as dores que seguem em nossos corações.

    Se podemos pedir algo, é para que continuem orando por nossas crianças, suas famílias, nossas professoras e equipe de trabalho, para que a nossa dor alivie e se transforme em forças. Precisamos muito dessa corrente de orações!”

    Em nome de toda nossa equipe de Trabalho do CEI Cantinho Bom Pastor, rogamos a Deus que nos proteja, também a você e toda a sua família.

    Alconides Ferreira de Sena

    Posicionamento editorial da CNN Brasil

    CNN Brasil decidiu não exibir qualquer imagem, nome ou demais informações sobre o autor do ataque em Blumenau (SC).

    A posição editorial atende a pedido do Ministério Público de Santa Catarina e segue recomendação de especialistas, sob risco de a exposição desencadear efeito contágio e estimular futuros atos de violência.

    *com informações de Sofia Kercher e Carolina Figueiredo, da CNN