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    Coordenadores do Enem anunciam demissão coletiva

    Ao todo, trinta e sete servidores deixaram os cargos; eles alegam má gestão do Inep

    Basília Rodriguesda CNN

    de Brasília

    Trinta e sete servidores do Inep, órgão responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), pediram demissão coletiva de seus cargos em resposta ao que classificam de “má gestão” do instituto, órgão ligado ao Ministério da Educação e responsável pela aplicação de todos os exames públicos de avaliação de ensino no Brasil.

    De acordo com o Ministério da Educação, as demissões só valem depois de publicadas no Diário Oficial, o que até agora não ocorreu. Até lá, o MEC informa que todos devem continuar em seus postos, o que acirrou os ânimos dos servidores.

    A maior parte dos que se demitiram, entre eles coordenadores, atuava na área de gestão e tecnologia do Inep, e cuidava diretamente do Enem. Só na segunda e terça-feira foram 35 pedidos de demissão. Eles se somaram aos dois da última semana, antecipados pela coluna.

    Em ofício encaminhado à diretoria do Inep, ao qual a CNN teve acesso, os servidores públicos afirmam que “considerando a situação sistêmica do órgão e a fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep”, solicitam a dispensa do cargo em comissão ou função comissionada que ocupavam.

    “Não se trata de posição ideológica ou de cunho sindical. A despeito das dificuldades relatadas, reafirmamos o compromisso com a sociedade de manter o empenho com as atividades técnicas relacionadas às metas institucionais estabelecidas em 2021.”

     

    A CNN obteve, nesta segunda, os novos pedidos de exoneração pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI), em base de dados públicos. Servidores reclamam de má gestão e dizem que são vítimas de assédio moral e intimidação.

    O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que o cronograma do exame está mantido. O Enem está marcado para ocorrer entre os dias 21 e 28 de novembro.

    Procurado diretamente, o presidente do Inep, Danilo Dupas, e também o instituto não se manifestaram.