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    “Continuarei sendo contra”, diz Castro sobre uso de câmeras corporais em operações no RJ

    Segundo o governador do Rio de Janeiro, o uso dos equipamentos por equipes especializadas, como o BOPE e a CORE, coloca em risco a vida dos policiais

    “Continuarei sendo contra”, diz Castro sobre uso de câmeras corporais em operações no RJ
    “Continuarei sendo contra”, diz Castro sobre uso de câmeras corporais em operações no RJ Foto: Cleber Rodrigues/CNN

    Cleber Rodriguesda CNN

    no Rio de Janeiro

    O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), voltou a defender que não pretende obrigar o uso de câmeras corporais durante operações policiais em favelas do Rio.

    De acordo com Castro, a divulgação de imagens feitas por equipes especializadas, como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) pode colocar em risco a vida de agentes de segurança do Estado.

    “Sou contra nas questões específicas, de estratégia policial. Você mostra por onde anda, por onde entra. Enquanto eu não garantir essa segurança, e hoje não há como garantir, continuo sendo contra”, disse.

    Ainda segundo o governador, com exceção das equipes especializadas, a ideia é que todos os batalhões do Rio de Janeiro adotem o uso das câmeras corporais. Castro afirmou que já foram adquiridos mais de 21 mil equipamentos, dos quais mais de 9 mil já estão em funcionamento.

    Em fevereiro deste ano, o ministro Edson Fachin encaminhou ao Centro de Mediação e Conciliação (CMC) do Supremo Tribunal Federal (STF) o processo sobre a redução da letalidade policial nas comunidades do Rio de Janeiro no ponto relativo à instalação de câmeras de áudio e vídeo em fardas e viaturas dos batalhões especiais das polícias (Bobe e Core) e nas unidades policiais de áreas mais críticas.

    Ao analisar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, o Plenário do STF, além de limitar a realização de operações policiais em comunidades do Estado do Rio de Janeiro durante a pandemia da Covid-19, determinou que fosse apresentado um plano contendo medidas para a redução da letalidade policial e para o controle de violações de direitos humanos pelas forças de segurança.

    Ministério da Justiça defende que Estados utilizem as câmeras

    Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a utilização das câmeras por agentes de segurança é uma recomendação do governo federal para todos os Estados brasileiros.

    “Se a operação é ostensiva, ela já é pública. Ela já está ali, visível. Em relação a isso, por exemplo, não há razão objetiva para restrições. Agora, o policiamento de modo geral, envolve múltiplas tarefas como ações de planejamento, inteligência e aí, caso a caso, precisamos examinar o processo que ainda é muito novo no Brasil”.

    “O que nós estamos propondo aos estados é ter essa implantação progressiva. Até para que juntos possamos ir ajustando o modelo e corrigindo” afirmou Dino durante a LAAD Defense & Security, realizada no Rio.