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    Conheça história do pinguim Zé, que conquistou praia famosa do Rio, mas morreu envenenado

    Animal passou a manhã nadando com banhistas, segundo Instituto Mar Urbano, que resgatou o bichinho morto

    O Zé era um pinguim-de-magalhães que visitou as águas cariocas, mas morreu ao comer um baiacu
    O Zé era um pinguim-de-magalhães que visitou as águas cariocas, mas morreu ao comer um baiacu André Cecília / Instituto Mar Urbano

    Rafael Farias Teixeiracolaboração para a CNN

    São Paulo

    Um visitante diferente fez uma passagem breve nas águas cariocas. O pinguim Zé, como foi apelidado pelos banhistas, chegou ao Arpoador, na zona sul do Rio de Janeiro, na manhã de quinta-feira (29).

    “Quando nós o encontramos ele já estava completamente adaptado e os banhistas tiravam selfies. Ou seja, parecia que ele já estava ali fazia um tempo”, conta Ricardo Gomes, diretor do Instituto Mar Urbano, uma organização não governamental que trabalha com o propósito de gerar e compartilhar conhecimento sobre o ambiente marinho, para a CNN.

    A equipe do Instituto estava no local tentando fotografar baleias jubartes que, nessas semanas, fazem um trajeto passando pelo corredor entre o Arpoador e as Ilhas Cagarras, que podem ser avistadas das praias da zona sul.

    Amigável, nadou próximo as pessoas na praia, mas, infelizmente, segundo Ricardo, Zé morreu após comer dois baiacus, peixe venenoso e que causa uma das mais graves formas de intoxicação por animais aquáticos.

    O Zé era um pinguim-de-magalhães, também conhecido como naufragado e pato-marinho. É um pinguim sul-americano característico de águas temperadas e de temperaturas entre 15°C e abaixo de 0°C, mais comum na Patagonia e Ilhas Malvinas, por exemplo.

    “Ocasionalmente, alguns deles podem se desviar de suas rotas migratórias e acabar nas praias cariocas, como o Zé”, explica Gomes. Nesta época, a migração é para o norte, para fugir da queda de temperaturas e buscar comida. Mesmo com o desvio, eles são capazes de retornar ao seu bando.

    O corpo foi resgatado pelo Projeto de Monitoramento de Praias (PMP).

    Zé no momento em que consegue caçar um dos baiacus / André Cecília / Instituto Mar Urbano