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    Conheça a simbologia e referências da máscara usada por adolescente que matou professora em SP

    Adereço de criminoso de 13 anos de idade é igual ao usado no caso de Suzano, em 2019, e de Aracruz, em 2022, e inspirado nas vestimentas da Divisão Atomwaffen, grupo supremacista norte-americano

    CNN

    O estudante de 13 anos que matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro nesta segunda-feira (27) em uma escola em São Paulo vestia uma máscara com estampa de caveira, semelhante à usada em outros ataques em escolas no histórico brasileiro.

    A vestimenta de caveira foi utilizada em ao menos outros dois atentados recentes: nos atentados contra escolas em Aracruz, no Espírito Santo, e em Suzano, na Grande São Paulo.

    A máscara de caveira é marca registrada da Divisão Atomwaffen, grupo neonazista criado nos Estados Unidos, com simpatizantes espalhados por vários países, como a Alemanha.

     

    Membros da Divisão Atomwaffen nos EUA, juntamente com o ideólogo neonazista James Mason
    Membros da Divisão Atomwaffen nos EUA, juntamente com o ideólogo neonazista James Mason / Reprodução

    Essa rede de extrema-direita costuma recrutar jovens, muitos deles usuários de games, o que teria contribuído para a difusão do adereço entre jogadores atraídos por discursos nazistas.

    A plataforma de jogos online Steam, por exemplo, até alguns anos atrás, hospedava um grupo que também se chamava Atomwaffen Division, lembra o VOX-Pol, grupo acadêmico dedicados aos estudos sobre a extrema-direita.

    Aracruz e Suzano

    Em novembro do ano passado, um atirador invadiu duas escolas na cidade de Aracruz, no Espírito Santo, matando quatro pessoas e ferindo outras dez. Ele utilizava um uniforme militar e uma máscara de caveira.

    De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado, o atirador conseguiu entrar na primeira escola após quebrar o cadeado do portão. Ele abriu fogo na sala dos professores, deixando três professoras mortas e oito feridos.

    O atirador prosseguiu para a segunda escola de carro, onde matou uma criança de 12 anos, e deixou duas pessoas feridas.

    O governador Renato Casagrande disse, à época, que o autor dos ataques confessou ter cometido o crime em conversa com os pais e com a polícia. Ele não falou sobre sua motivação, mas disse ter planejado o ataque por cerca de dois anos.

    Além disso, em 13 de março de 2019, dois ex-alunos da Escola Estadual Professor Raul Brasil, de Suzano, no interior de São Paulo, invadiram a escola naquela manhã de quarta-feira e abriram fogo durante o horário de intervalo.

    Entre as vestimentas dos atiradores estavam máscaras cobrindo o rosto com estampa de caveira.

    O massacre deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e outros 11 feridos.

    (Publicado por Leo Lopes)