Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Confusões em voos aumentam quase 60% desde pandemia, e aéreas sugerem lista de “banidos de voar”

    Nesta terça-feira (25), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) se reúne para analisar uma proposta de resolução que cria regras mais rígidas para passageiros indisciplinados

    Danilo Moliternoda CNN

    Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), as confusões em voos aumentaram quase 60% desde a pandemia. Somente em 2023, foram registradas 735 ocorrências com passageiros indisciplinados — uma média de dois registros por dia. Um quinto destes episódios envolveu agressões físicas ou ameaças.

    Último ano antes da pandemia, 2019 registrou 440 ocorrências. Em 2020, com o fluxo de voos reduzido pelas consequências da Covid-19, foram registradas 278; no ano seguinte, este número voltou a subir e chegou a 626; já em 2022, as confusões foram 700.

    De janeiro a maio deste ano, foram registradas 232 ocorrências — o que resulta em 3.011 confusões desde 2019.

    De olho neste cenário, as companhias aéreas — por meio da Abear — defendem a regulamentação de medidas que possam coibir este tipo de comportamento. A associação sugere até que se avalie a criação de uma “no fly lists” para passageiros que cometam atos graves a bordo.

    A “no fly list” é um mecanismo utilizado, por exemplo, nos Estados Unidos e consiste em uma lista com nomes de pessoas que não são autorizados a subir a bordo de um avião comercial para viajar tendo o país como origem ou destino.

    A partir das 10h desta terça-feira (25), a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) se reúne para analisar uma proposta de resolução que cria regras mais rígidas para passageiros indisciplinados. A decisão será comunicada em uma entrevista a jornalista às 15h.

    Uma das possibilidades está a autorização para que empresas aéreas criem listas e impeçam, por até um ano, o embarque de passageiros envolvidos em ocorrências desta natureza.

    Também estão previstas punições como advertência, contenção, retirada do passageiro do avião e o cancelamento da passagem. Uma consulta pública para discutir o tema deve ser aberta nos próximos dias.

    Pelas regras brasileiras atuais, no caso de alguma ocorrência com passageiro indisciplinado na aeronave, a companhia aérea deve acionar a Polícia Federal e fazer o desembarcar.

    Tópicos