Confusão entre delegada e policias civis dura mais de 12h em MG
Delegada teria feito disparos para afastar os colegas de seu apartamento. Agente alega ser vítima de assédio
Policiais civis estão há mais de 12 horas em frente a um prédio na região da Pampulha em Belo Horizonte (MG), onde mora a delegada Monah Zein, que atualmente trabalha na Delegacia Regional Leste de Polícia Civil.
De acordo com as informações preliminares divulgadas pela corporação, na manhã desta terça-feira (21) agentes se deslocaram ao apartamento e a delegada teria feito disparos para afastar os colegas. Ainda segundo a Polícia, os tiros foram dentro da residência e não houve feridos.
Até o inicio da noite, os policiais, com auxílio do Centro de Apoio Biopsicosocial, Corregedoria Geral, Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) negociavam para que a delegada saísse do apartamento.
Ao longo do dia, Monah Zein fez diversas transmissões ao vivo em suas redes sociais, com a arma em punho mostrando trechos de sua negociação. Segundo ela, a própria instituição a teria humilhado e por isso não voltaria a trabalhar. E que apesar da polícia a tratar como potencial suicida, ela estaria apenas querendo ficar em sua casa, sem correr nenhum risco.
A CNN conversou com um dos funcionários do prédio onde reside a delegada. O profissional, que não quis se identificar, diz que a delegada é uma pessoa tranquila e de boa convivência.
O advogado de defesa de Zein, Leandro Martins, afirmou que “o estado de saúde delicado que a servidora se encontra momentaneamente, seria em razão de perseguições e retaliações no âmbito da Polícia Civil, instituição a qual vem adoecendo seus servidores sem prestar qualquer tipo de assistência. Os servidores da PCMG, sofrem assédio moral em tempo integral, principalmente as mulheres que integram os quadros da instituição. E o estado de saúde da delegada está deste jeito por conta da falta de estrutura no âmbito assistencial e no próprio hospital da Polícia Civil”.
Sobre as acusações que a delegada faz, a CNN procurou a Polícia Civil de Minas Gerais e aguarda resposta.