Veja como será a transferência de Ronnie Lessa para Tremembé
Ex-policial militar sairá de presídio federal escoltado por policiais penais federais para São Paulo após acordo de delação premiada no caso Marielle Franco
Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, será transferido da Penitenciária Federal em Campo Grande (MS) para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, escoltado por um esquema de segurança que está sendo montado pela Polícia Penal Federal.
Pelas informações do protocolo, Lessa será levado em um avião da Polícia Federal de um estado a outro, na chamada transferência aérea.
Dentro do avião, agentes fazem a escolta e o preso tem que ficar de cabeça baixa durante todo o voo.
No trajeto, os policiais mantêm armamento e rotina de segurança para evitar qualquer intercorrência até chegar no local de “entrega” do preso federal para o estado.
A “entrega” se baseia na papelada. O chefe da operação, representando a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça, assina juntamente ao representante da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo, “recebendo” o preso e sendo seu novo responsável.
Esse procedimento de transferência pode acontecer tanto na cela do aeroporto quanto já dentro da penitenciária. Os agentes checam os dados do preso, fazem revista pessoal e seguem o protocolo.
A data de quando essa transferência será realizada é mantida sob sigilo por questões de segurança.
Por enquanto, Lessa se mantém em Mato Grosso do Sul, onde é o “interno 33” e tem histórico de “bom comportamento”, conforme apurou a CNN. O ex-PM, inclusive, já reduziu em 200 dias sua pena. Fez isso lendo livros, pois desde 2020 faz parte do programa “Remição pela leitura”, que possibilita redução da pena, caso seja condenado pelo duplo assassinato ao fim do processo.
Tremembé
No presídio de Tremembé, na chamada P2 estão o ex-jogador Robinho, além de outros presos famosos, como Fernando Sastre, condutor do Porsche que matou um motorista de aplicativo, e Cristian Cravinhos, condenado por ter sido cúmplice de Suzane von Richthofen na morte dos próprios pais dela.
Por conta de uma análise interna de risco, o analista da CNN Pedro Duran informou que a Secretaria de Administração Penitenciária decidiu que Lessa ficará na Penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, chamada de P1. Seria o lugar de menor risco.
Por lá, Lessa ficará, pelo menos por enquanto, em uma cela individual durante o regime de observação.