Comitês estadual e municipal divergem sobre Réveillon no RJ
Secretário estadual de Saúde estuda convocar reunião conjunta de grupos após detalhes da Ômicron serem divulgados

Os grupos de especialistas que auxiliam o governo do estado do Rio e a prefeitura da capital tem, no momento, visões diferentes sobre a realização da festa de Réveillon na cidade.
Enquanto o primeiro comitê avalia que a chegada da variante Ômicron do coronavírus seja um alerta e que, por prudência, a tradicional queima de fogos na orla das praias cariocas deva ser cancelada, os cientistas que auxiliam a prefeitura carioca entendem que ainda não é hora de abrir mão das festas.
O entendimento de ambos, entretanto, é de que a cidade e o estado do Rio vivem seu melhor momento de enfrentamento à pandemia e que o sucesso da vacinação deve ser considerado antes da decisão por uma alternativa.
Os grupos voltam a debater o assunto nos próximos dias: o comitê estadual se reúne entre a quarta e a sexta-feira da próxima semana enquanto os especialistas que atuam junto a prefeitura se encontram no dia 15 de dezembro.
O secretário estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe, afirmou à CNN que em mais 10 dias a comunidade científica internacional terá mais conhecimento sobre a cepa, identificada primeiro em países do sul da África.
“A posição do comitê que assessora o estado é de prudência porque não se sabe ainda os efeitos que essa variante poderia gerar em grandes aglomerações na orla. Mas o conhecimento efetivo sobre ela está sendo produzido agora”, afirmou.
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Posto de vacinação no Museu da República, no Catete, no Rio de Janeiro. Veja a vacinação contra a Covid-19 no Brasil e no mundo • Pedro Duran/CNN
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Enfermeira mostra vacina contra a Covid-19 para mulher no Rio de Janeiro • Mario Tama/Getty Images
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Enfermeira do SUS aplica vacina contra Covid-19 em homem em sua casa na Rocinha, no Rio, em uma das rondas frequentes que profissionais de saúde fazem na comunidade para imunizar pessoas que não querem ir ao posto • Mario Tama/Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em São Paulo • Reuters/Carla Carniel
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Enfermeira na campanha de vacinação contra a Covid-19 na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro • Fernando Souza/picture alliance via Getty Images
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Boris Johnson visita centro de vacinação contra a Covid-19 em Londres • Alberto Pezzali - WPA Pool/Getty Images
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Japonesa faz triagem para ser vacinada contra Covid-19 • Stanislav Kogiku - 2.ago.2021/Pool Photo via AP
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China vacina estudantes universitários contra a Covid-19 • Costfoto/Barcroft Media via Getty Images
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Alguns países já fazem a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 • Getty Images (FG Trade)
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Enfermeira aplica vacina em Dhaka, Bangladesh, que pretende imunizar 10 milhões em uma semana • Maruf Rahman / Eyepix Group/Barcroft Media via Getty Images
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Cidade de Aue-Bad Schlema, na Alemanha, distribui cachorros-quentes gratuitamente para quem apresentar o cartão de vacinação • Hendrik Schmidt/picture alliance via Getty Images
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Vacinação contra Covid-19 em Nova Délhi, na Índia • Adnan Abidi/Reuters
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Homem de 45 anos é vacinado em posto drive-in na cidade de Bhubaneswar, na Índia • STR/NurPhoto via Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em prisão em Harare, Zimbabwe • Tafadzwa Ufumeli/Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em Dakar, no Senegal • Fatma Esma Arslan/Anadolu Agency via Getty Images
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Vacinação contra a Covid-19 em Bangcoc, Tailândia • Reuters/Athit Perawongmetha
Sobre a divergência entre os dois grupos, Chieppe afirmou que avalia uma convocação de uma reunião conjunta caso a divergência se mantenha.
“A gente pode tentar encontrar um meio termo. Não adianta proibir tudo porque isso irá estimular as festas clandestinas. Mas existem opções, como limitar o número de bilhetes de metrô, por exemplo”, afirmou Chieppe.
Daniel Becker, membro do comitê científico da prefeitura do Rio, avalia que os índices sobre a pandemia na cidade fazem com que, neste momento, o Réveillon seja seguro.
“A Covid está sob controle na cidade. Chegamos num bom ponto, que é a baixa transmissibilidade e estamos sem casos graves”, afirmou.