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    Com troca na PM, secretariado de Castro tem apenas 5 remanescentes do governo Witzel

    Na mais recente mudança, governador do Rio de Janeiro nomeou coronel Luiz Henrique Marinho Pires para o comando da Polícia Militar; ele também recriou as secretarias de Estado de Justiça e de Envelhecimento Saudável

    Com mudanças recentes, apenas 5 secretários de Wilson Witzel permanecem no governo de Cláudio Castro
    Com mudanças recentes, apenas 5 secretários de Wilson Witzel permanecem no governo de Cláudio Castro Carlos Magno - 18.ago.2020/Governo do Rio de Janeiro

    Stéfano Sallesda CNN*

    No Rio de Janeiro

    Quase quatro meses depois da decisão do Tribunal Especial Misto que confirmou o impeachment de Wilson Witzel (PSC) e efetivou Cláudio Castro (PL) no cargo de governador do Rio de Janeiro, após oito meses no cargo de forma interina, o estado tem apenas cinco remanescentes da gestão de seu antecessor no secretariado, em suas 29 pastas.

    Embora tenham sido eleitos pelo mesmo partido, em chapa puro-sangue do PSC, a composição dos governos está bem diferente. Na segunda-feira (23), Castro nomeou o coronel Luiz Henrique Marinho Pires para o cargo de secretário estadual de Polícia Militar, em substituição ao coronel Rogério Figueiredo de Lacerda.

    A decisão tinha sido anunciada na noite de domingo (22) e foi oficializado no dia seguinte no Diário Oficial do Poder Executivo. Com a mudança, Marinho Pires assume o Comando-Geral da PM no estado. O Rio de Janeiro não tem secretaria de Segurança, e as funções historicamente a ela atribuídas são divididas entre as polícias Civil e Militar, que ganharam status de secretaria. Essa foi uma das propostas de campanha da dupla, com a justificativa de que isto reduziria a influência política nas indicações.

    Com a saída de Figueiredo de Lacerda, os escolhidos para a gestão de Wilson Witzel que seguem no primeiro escalão do Palácio Guanabara são o secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, Marcelo Queiroz, a secretária de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, e a secretária de Assistência à Vítima, Pricilla Azevedo Barletta, e o secretário da Casa Civil, André Luís Ferreira. Todos em seus postos originais.

    Além do quarteto, José Luiz Zamith, ex-secretário da Casa Civil de Witzel e coordenador da equipe de transição – que não estava mais no secretariado quando o ex-chefe sofreu o impeachment – foi conduzido ao posto de Secretário de Planejamento, Gestão e Governança por Castro.

    Com a troca de comando, o primeiro escalão do governo do Rio de Janeiro passou de 27 para 29 pastas. Desde então, foi recriada a Secretaria de Estado de Justiça, que Witzel chegou a cogitar retomar para acomodar o ex-juiz Sérgio Moro, depois que ele foi exonerado do cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro.

    Para o posto, Castro nomeou em março o ex-presidente da seccional Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) e ex-deputado federal Sérgio Zveiter. O governador também criou, em maio, a Secretaria de Envelhecimento Saudável, comandada pelo ex-deputado estadual Antônio Pedregal.

    Mudanças na área de segurança

    A troca no comando da Polícia Militar faz parte de uma série de alterações feitas nas últimas semanas em áreas atreladas à Segurança Pública. Na segunda-feira (16), o então secretário estadual de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro, alvo de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, foi preso preventivamente – ele foi solto no domingo (20). Montenegro é investigado por suspeitas de fazer acordos com líderes de facções criminosas em troca de influência em áreas por elas controladas.

    Montenegro foi exonerado do cargo no mesmo dia. Para a função, Castro nomeou o delegado de Polícia Federal Victor Poubel, exonerado quatro dias depois, a pedido. Quem assumiu o posto na sequência foi o delegado Fernando Veloso, ex-chefe de Polícia Civil no governo de Sérgio Cabral. Poubel, no entanto, não sai do governo. Foi nomeado diretor do Departamento de Geral de Ações Socioeducativas (Degase).

    (*Com informações de Iuri Corsini, da CNN, no Rio de Janeiro)